A imprensa periódica e a pandemia de 1918: as notícias sobre o comportamento da instrução pública durante a “gripe espanhola”
DOI:
https://doi.org/10.20888/ridphe_r.v9i00.18337Palavras-chave:
Influenza, Pandemia, Instrução pública, Impressos periódicosResumo
Este artigo tem como foco a análise da imprensa periódica de São Paulo e do Rio de Janeiro durante a pandemia de 1918, enquanto criam uma narrativa sobre a doença, mostrando a rotina alterada do espaço urbano durante o evento e destacando o papel das escolas durante o período de alastramento da moléstia. Em 1918, as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, foram tomadas pela “gripe espanhola” e, diante da doença de caráter pandêmico, os jornais e as revistas da época noticiaram como a organização dos espaços públicos se alterou e dentre as novas situações sociais houve o comprometimento do funcionamento da instrução pública. As notícias falavam que as escolas foram fechadas, o ano letivo encerrou mais cedo e os professores, que antes se dedicavam, inclusive, a transmitir conteúdos gerais e referentes à higiene pessoal, agora passavam a atuar como enfermeiros e mordomos nos hospitais provisórios em que as escolas se transformaram. Para este trabalho, foram utilizados Sontag (1977), no estudo das formas de representação da doença e Barros (2023) para compreender as características e estruturas que compõem os periódicos enquanto produzem notícias.
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