Banner Portal
Processos criativos e imaginação
Capa da Revista TSC, volume 6, Número 2, ano 2019 Número especial sobre Aprendizagem Criativa
PDF

Palavras-chave

Bavcar
Fotografia
Estética
Imaginação e criatividade

Como Citar

PINHEIRO, Marina Assis; BRECKENFELD, Taciana Feitosa de Melo; LYRA, Maria da Conceição Diniz Pereira de. Processos criativos e imaginação: o trabalho de Bavcar como metáfora sobre a condição dialógica da psique. Tecnologias, Sociedade e Conhecimento, Campinas, SP, v. 6, n. 2, p. 30–48, 2019. DOI: 10.20396/tsc.v6i2.14506. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/tsc/article/view/14506. Acesso em: 29 mar. 2024.

Resumo

O presente artigo discute as dimensões estética, dialógica e, necessariamente, criativa da experiência humana e seu lugar na Psicologia vigente. Para a discussão pretendida, a fotografia e as reflexões de Evgen Bavcar, artista cego e filósofo, são tomadas como metáfora/alegoria para questionar o paradigma cartesiano, naquilo que propõe a separação sujeito-objeto resultando na conceituação artificializante, objetivista e visocêntrica da psique. Nesse sentido, os processos imaginativos e criativos são retomados como funções psicológicas fundamentais à retomada da dimensão estética e dialógica da existência humana.

https://doi.org/10.20396/tsc.v6i2.14506
PDF

Referências

ARGAN, G. C. Arte moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

ALENCAR, E., FLEITH, D.;BRUNO-FARIA, M. A medida da criatividade: possibilidades e desafios. In: PASQUALI, L. et al. Instrumentação psicológica: fundamentos e práticas. Porto Alegre: Artmed, p.324-341, 2010.

AGUIAR, V. O posicionamento avaliativo de enunciados de opinião sobre a denúncia de racismo na obra de Monteiro Lobato. Revista Intercâmbio, 128-145. São Paulo: LAEL/PUCSP, 2015.

BACHELARD, G. O novo espírito científico. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2001.

BAKHTIN, M. Problemas da poética de Dostoievski. 1a. ed. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1981.

BAKHTIN, M. Para uma filosofia do ato. Tradução não publicada de Carlos Alberto Faraco e Cristóvão Tezza, 1993.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

BAKHTIN, M. Questões de estilística no ensino da língua. Tradução, posfácio e notas de Sheila Grillo e Ekaterina Vólkova Américo. São Paulo: Editora 34, 2013.

BAVCAR, E. O ponto zero da fotografia. Rio de Janeiro: Funarte, 2000.

BAVCAR, E. Na vereda entre dois mundos inconciliáveis. Zero Hora. Porto Alegre, p. 4 a 7, Segundo Caderno, 2001a.

BAVCAR, E. Uma câmera escura atrás de outra camêra escura. In: TESSELER, E. (Org.). A invenção da vida–arte e psicanálise. Porto Alegre: Artes e ofícios, 2001b.

BAVCAR, E. Um outro olhar. In: Humanidades, Brasília, v. 49, p. 121-125. 2003b.

BAVCAR, E. Memórias do Brasil. São Paulo: Cosac & Naify, 2003a.

BENJAMIN, W. Teses sobre o conceito de História. In: BENJAMIN, W. Magia e Técnica, Arte e Política. São Paulo: Brasiliense, p. 222-232, 1994.

BRAIT, B. (Org.). Bakhtin: outros conceitos chave. São Paulo: Contexto, 2006.

COELHO, A. José Saramago e Evgen Bavcar: os paradoxos do olhar. 2006. Dissertação(Mestrado em Teoria da Literatura) - Centro de Artes e Comunicação, Universidade Federal do Recife, Recife, 2006.

COLE, M.;COLE, S. O desenvolvimento da criança e do adolescente. Porto Alegre: Artmed, 2003.

CORNEJO, C. From Fantasy to Imagination: A Cultural History and a Moral for Psychology. In. The Psychology of imagination: history, theory and new research horizons. EUA, 2017.

CLARK, K.; HOLQUIST, M. Mikhail Bakhtin. São Paulo: Perspectiva, 2004.

DESCARTES, R.Discourse of method and meditations on first philosophy. Indianapolis: Hackett, 1998.

DESCARTES, R. O mundo (ou o Tratado da Luz) e o homem. Apresentação, apêndices, tradução e notas: César Augusto Battisti, Maria Carneiro de Oliveira. –Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2009.

DUBOIS, P. O ato fotográfico. Trad. Marina Appenzeller. 5a.ed. Campina, SP: Papirus, 2001.

FARACO, C. Estudos pré-saussurianos.In:MUSSALIM, F.; BENTES, A C. (Orgs.). Introdução à linguística. 5a. ed. São Paulo: Cortez. p. 27-51, 2011.

FIORIN, J. L. Interdiscursividade e intertextualidade. In: BRAITH, B. (Org.) Bakhtin: outros conceitos-chave. São Paulo: Contexto. p.161-193, 2006.

GLAVEANU, V. Creativity as a sociocultural act. Journal for the theory of social behavior. vol 49, p.165-180, 2015.

GLAVEANU, V. The cultural genesis ofcreativity: An emerging paradigm. Revista de Psihologie şcolară, 2 (4), 50-63. Disponível em: http://www.inter-disciplinary.net/ati/education/cp/ce4/Glaveanu%20paper.pdf. Acesso em: data mês 2009.

GOETHE, J. W. The collected works, vol. 12. Estudos científicos. New York: Suhrkamp, p. 37 –38, 1820/1998.

JESSEL, M. Principles of Neural Science. Editora McGraw-Hill, 2013.

KRESS, R. Matéria Mente e memória. Disponível em http://www.institutoatena.com/materiamenteememoria. Acesso em: 09dez.2019.

KUO, H. Toward a synthesis framework for the study of creativity in education:an initial attempt. Educate Journal, 2011, vol 11 (1). Disponível em: http://educatejournal.org/index.php/educate/article/download/287/250. Acesso em: dia mês ano.

LEITÃO, S. Argumentação e Desenvolvimento do Pensamento Reflexivo. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722007000300013. Acesso em: 22 jul. 2007.

LEMGRUBER, M. S. Razão, pluralismo e argumentação: a contribuição de Chaïm Perelman. História, Ciências, Saúde–Manguinhos, 6(1): 101-111, 1999.

LENZI, L. Eu não desisti: os sentidos da escolarização retratados por estudantes adultos do Campo.Tese, 2010. (Doutorado em Educação). UniversidadeEstadual de Santa Catarina.

LYRA, M. C. D. P; VALSINER, J.Historicity in Development: abbreviation in mother-infant communication.Infancia y Aprendizaje, 34(2),195-203, 2011.

MATTOS, L. et al. Entre olhares e (in)visibilidades: reflexões sobre fotografia como produção dialógica.Fractal:Revista de Psicologia, 26(3), 901-918, 2014.

MARCUZZO, P. Diálogo inconcluso: os conceitos de dialogismo e polifonia na obra de Mikhail Bakhtin.Cadernos do IL, Porto Alegre, n.º 36. Disponível em: http://www.seer.ufrgs.br/cadernosdoil/.Acesso em: 04 mai.2008.

MEDVEDEV, P. The formal method in literary scholarship: a critical introduction to sociological poetics. Cambridge (Mass.): Harvard University Press, 1985.

NOVAES, A. (org.). Muito além do espetáculo. São Paulo: Editora Senac, 2005.

NOVAES, A. Imagens Impossíveis. In: Humanidades, Brasília, n. 49, p. 121-125. 2003.

OLIVEIRA, H. R. Argumentação no ensino de ciências:o uso de analogias como recurso para a construção do conhecimento.2012.Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade Federal de Juiz de Fora, 2012.

PELAPRAT, E., COLE, M. Minding the gap: imagination, creativity and human cognition. Integr Psychol Behav Sci 45: 397-418, 2011.

PEREIRA, R. Os óculos de Win Wenders e o olhar de Bavcar: Reflexões sobre a feitura e sobre os usos da imagem. UERJ. Educação e Comunicação: FAPERJ, 2008.

PEREIRA –FRAYSZE, J. A alteridade da arte: estética e psicologia Psicol. USP[online]. vol. 5, n.1-2, p. 35-60, 1994. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-51771994000100004. Acesso em: 19 ago.2017.

PINHEIRO, M.; MEIRA, L. Psicologia discursiva e o sujeito do conhecimento: a singularidade como questão.Psicologia em Estudo, Maringá, v. 15, n. 3, p. 603-611, jul./set. 2010.

PINO, A. A produção imaginária e a formação do sentido estético. Reflexões úteis para uma educação humana. Pro-Posições, v. 17, n. 2 (50) -maio/ago. 2006.

REIS,A. A experiência estética sob um olhar fenomenológico. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 63(1), 75-86, 2011.

SAMAIN, E. Um retorno à Câmara Clara: Roland Barthes e a antropologia visual, InSamain. E. (Org.). O Fotográfico. São Paulo: Editora Hucitec, 1998.

SANTAELLA, L. O homem e as máquinas. In: DOMINGUES, D. (Org.) A arte no Século XXI: a humanização das tecnologias. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1997.

SOEIRO, Í. C. M. cols. Alteridade e ato responsável em Bakhtin e Lévinas: contribuições à educação ambiental inspirada pelo infinito ético. Desenvolvimento e Meio Ambiente. Vol. 40, Abril, 2017.

STRATI, A. Organização e estética.Rio de Janeiro: FGV, 2007.

TATEO, L.Toward a cogenetic cultural psychology. Culture & Psychology. Vol. 22(3) 433–447, 2016.

TATEO, L.Just an Illusion? Imagination as Higher Mental Function. J Psychol Psychother, 5: 6, 2015.

VALSINER, J. Invitation to culture psychology. London, UK: Sage, 2014.

VICO, G.The New Science of Giambattista Vico. Revised translation of the third edition by Thomas Goddard Bergin and Max Harold Fisch, Ithaca: Cornell University Press, 1948.

VIGOTSKI, L. S. La Imaginación y el arte en la infancia (Ensayo Psicológico).Cidade del México: Hispánicas, 1987.

VOLPE, A. J. Fotografias, narrativa e grupo: lugares onde pôr o que vivemos.2007. Tese (Doutorado em Psicologia Social) –Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-05052008-171045/pt-br.php. Acesso em:11 abr 2016.

ZITTOUN, T.; VALSINER, J.; VEDELER, K.; SALGADO, J.; GONÇALVES, M.; FERRING, D. Melodies of living: Developmental science of the human life course. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2013.

ZITTOUN, T; GILLESPIE, A. Imagination in Human and cultural Development. London: Routledge, 2016.

WATSON, J. B. Psychology as the behaviorist views it.Psychological Review, n. 20, p. 158-177, 1913.

WECHSLER, S. O desenvolvimento da criatividade na escola: Possibilidades e implicações. Estudos de Psicologia, 12, 81-86,1995.

WITTGENSTEIN, L. Investigações Filosóficas.Basil Blackwell, Londres,1958.

WÖRRINGER, W. Abstraction andempathy. Chicago: Ivan R. Dee, 1997.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2019 Marina Assis Pinheiro, Taciana Feitosa de Melo Breckenfeld, Maria da Conceição Diniz Pereira de Lyra

Downloads

Não há dados estatísticos.