De l'arc musical primitif au berimbau ventral
le chemin de l'instrument primordial da capoeira
DOI :
https://doi.org/10.20888/ridpher.v7i00.15788Mots-clés :
Arc musical, Berimbau ventral, CapoeiraRésumé
L´objectif de cette étude est d´analyser la trajectoire du millénaire arc musical jusqu´à sa configuration brésilienne comme nous la connaissons. Le “berimbau ventral est considéré, mondialement, comme principal instrument de tout genre de capoeira. Pour arriver aux objectifs de cette recherche, nous présenterons quelques luttes qui utilisent des instruments musicaux pour leur pratique, ressortant le fait qu´aucune d’elles utilise l´arc musical comme accompagnement, tel comme il se passe avec la capoeira. Nous présenterons également des données faisant allusion à certains arcs musicaux qui ont précédé le berimbau ventral, connus et diffusés par l'humanité, ainsi que les premiers enregistrements qui montrent la présence de cet instrument dans la capoeira. Nous défendons l'idée que le berimbau ventral est une redéfinition de l'arc musical africain, qui a eu lieu au Brésil, au début du 20ème siècle. C'est à cette même période que débute le développement de l'industrie d´automobile dans le pays et que les capoeiras commencent à retirer le fil d'acier qui constitue la structure du pneu de l´automobile pour fabriquer le berimbau ventral, car ils se rendent compte que ce matériel apporte une meilleure sonorité et durabilité à l'instrument. À la suite de cette découverte, apparaît la nécessité d´utiliser le « dobrão » (pièce de cuivre) pour différencier les différents sons que l'instrument a commencé à produire. Nous montrerons également que nous n'avons pas trouvé l'usage du « caxixi » accompagnant aucun instrument de musique autre que le berimbau ventral, ainsi que dans toute autre manifestation que la capoeira. Dans nos recherches, nous avons trouvé que le « caxixi » était utilisé isolément comme instrument de musique, soit par les percussionnistes, soit dans les rituels du candomblé. Nous avons vérifié, cependant, que l'arc musical « malunga » se joue avec l'accompagnement d'un type de hochet appelé "mai misra", qui a une forme et une fonction différentes de celles du « caxixi ». Dans cet article, nous décrirons également les principales caractéristiques et la composition du berimbau ventral, ainsi que les éléments qui le composent : le linteau, le fil de fer, la calebasse, le « caxixi », le « dobrão » et la baguette. Nous présenterons des données comparatives dans un tableau qui montre la différence de poids du linteau entre son retrait en forêt et sept jours après son séchage à l'ombre. Enfin, à titre d'illustration, nous montrerons le processus de fabrication du berimbau ventral à partir d'un atelier réalisé.
Téléchargements
Références
ALLODI, Liliana. Cultivando com fases da lua. Site Conexão Planeta, 2016. Disponível em: https://conexaoplaneta.com.br/. Acesso em: jun. 2021.
ASSUNÇÃO, Matthias Röhrig. Capoeira, arte crioula. Cultures-Kairós [En ligne], Capoeiras? objets sujets de la contemporanéité, Théma versions originales (portugais du Brésil), Mis à jour le 16/12/2012. Disponível em: http://revues.mshparisnord.org/cultureskairos/index.php?id=541 Acesso em: 05 abr. 2021.
BIANCARDI, Emília. Raízes Musicais da Bahia. Salvador-BA: Editora Omar G, 2006.
CARDIN, Fernão. Tratados da terra e gente do Brasil. Rio de Janeiro: J. Leite & Cia, 1925.
CASCUDO, Luis da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. 3. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 1972.
CARNEIRO, Édison. Capoeira. Cadernos de Folclore 1. Rio de Janeiro: Departamento de Assuntos Culturais/FUNARTE/SEC/MEC, 1975.
DEBRET, Jean Baptiste. Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil. 3 ed. São Paulo: Martins Editora, 1940.
FONSECA, M. C. L. Para além da pedra e cal: por uma concepção ampla de patrimônio cultural. In: ABREU, R.; CHAGAS, M. (Org.). Memória e patrimônio: ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro: DP&A: FAPERJ, 2003, p. 56-76.
GALLO, Priscila Maria. Caxixi: um estudo do instrumento afro-brasileiro em práticas musicais populares na região de Salvador-BA. Dissertação (Mestrado em Música). Escola de Música da Universidade Federal da Bahia, Salvador-BA, 2012.
HISTÓRICO do desenvolvimento do pneu. Michelin Goodyear. Disponível em: http://www.recauchutagemonline.com/O%20Pneu.html. Acesso em: jun. 2021.
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL - IPHAN. Certidão do registro nº 7: roda de Capoeira. Brasília, DF. 20 nov. 2008. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/certidao_roda_de_capoeira.pdf. Acesso em: 24 dez. 2021.
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL (IPHAN). Patrimônio cultural imaterial da humanidade. Brasília, 2014. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/71. Acesso em: 24 dez. 2021.
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL (IPHAN). Salvaguarda da Roda de Capoeira e do Ofício dos Mestres de Capoeira: apoio e fomento.
Coordenação e organização Rívia Ryker Bandeira de Alencar, Brasília, DF., 2017.
METAL, História, composição, tipos, produção e reciclagem 2000, Disponível em: http://www.recicloteca.org.br/material-reciclavel/metal. Acesso em: 10 jun. 2021.
MYERS, Helen. Fieldwork in Ethnomusicology: an introduction. New York: Norton e Company, 1992.
MUKUNA, Kazadi wa. Contribuição Bantu na Música Popular Brasileira. São Paulo: Global, 1979.
MULUMBA, Jorge. Apresentação dos instrumentos do grupo de música ancestral Nguami Maka. 21 nov. de 2019. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=wIW88MZLLWg. Acesso em: 11 jun. 2021.
OLAVO, Mestre. Live: Na identidade da capoeira. (45:10 mm). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=5bSVIbQw81U&t=2712s. Acesso em: 01 dez. 2020.
PIEPER, Josef. Solo quien ama canta. Madrid Espanha, Editora Encuentro, 2015.
PIERRY, Plínio. 20.000 réis: O dobrão brasileiro. 7 jun. 2018.
Disponível em: https://collectgram.com/blog/20000-reis-o-dobrao-brasileiro/. Acesso em: 11 jun. 2021.
ROOTS of Capoeira 1. Balthazar Tchatoka plays M'bulumbumba and sings to Cobra Mansa. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JJ5VJpTkmZk. Acesso em: 15 jun. 2021.
SHAFFER, Kay. O Berimbau de barriga e seus toques. Ministério de Educação e Cultura: Secretaria de Assuntos Culturais, Fundação Nacional de Arte, Instituto Nacional do Folclore, 1977.
SILVA, Antonio de Moraes. Dicionário da língua portuguesa. Lisboa: Empresa Literária Fluminense, 1877.
SOARES, C. E. L. A negregada instituição: os capoeiras no Rio de Janeiro, 1850-1890. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, 1994.
STOTZ, Marcelo Backes Navarro. Ritmo & rebeldia em jogo: só na luta da capoeira se dança? Dissertação (Mestrado em Educação Física) Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos. Florianópolis, 2010.
TOMPKINS Eric. The History of the Pneumatic Tyre. Eastland: Dunlop Archive Project. 1981.
TREVISOL, Volmar. Morfologia e fenologia do porongo: produtividade e qualidade da cuia. Tese (Doutorado em Ciências) - Universidade de São Paulo - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, 2013.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés RIDPHE_R Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo 2021
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são de exclusividade da revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não comerciais. Sendo utilizados dados ou o artigo completo para outros fins, o autor deverá solicitar por escrito autorização ao editor para tais fins.
A RIDPHE_R Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.
Licença utilizada: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Aviso de derechos de autor
Los derechos de autor para artículos publicados en esta revista son de exclusiva de la revista. En virtud de aparecer en esta revista de acceso público, los artículos son de uso gratuito, con atribuciones propias, en aplicaciones educativas y no comerciales. Si se utilizan datos o el artículo completo para otros fines, el autor deberá solicitar por escrito autorización al editor para tales fines.
La RIDPHE_R Revista Iberoamericana del Patrimonio Histórico-Educativo utiliza la licencia de Creative Commons (CC), preservando así la integridad de los artículos en ambiente de acceso abierto.
Licencia usada: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/