Depois do Surrealismo, só a antropofagia
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Palavras-chave

Surrealismo
Antropofagia
Oswald de Andrade

Como Citar

SANTINI, Kethlen. Depois do Surrealismo, só a antropofagia. Encontro de História da Arte, Campinas, SP, n. 11, p. 285–293, 2015. DOI: 10.20396/eha.11.2015.4279. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/eventos/index.php/eha/article/view/4279. Acesso em: 7 maio. 2024.

Resumo

Em dezembro de 1924, aparecia La Revolution Surréaliste, a primeira revista do movimento Surrealista. Organizada por André Breton (1896 - 1966), tinha como objetivo lutar contra a alienação da sociedade, estabelecendo uma “nova declaração dos direitos do homem” e contrariando os valores decaídos ou ultrapassados - estes baseados nos faróis do movimento: “a poesia, o amor e a liberdade”. Por outro lado, também em 1924, o grupo modernista de São Paulo, destacando-se Oswald de Andrade (1890 - 1954) - um dos principais líderes do Modernismo brasileiro - lançou um manifesto e um livro de poemas, ambos denominados Pau-Brasil. Segundo Valentim Facioli - na obra organizada por Robert Ponge, Surrealismo e o Novo Mundo (1999) - a obra era um conjunto de poemas de linhagem primitivista, satíricos e humorísticos, tendo como intenção demolir com a herança ainda dominante do nacionalismo conservador e ufanista. Essa nova corrente é contraposta, no ano seguinte, por um movimento nacionalista e conservador liderado por ex-companheiros de Oswald de Andrade. O grupo denominava-se Verde-Amarelismo e era contrário ao Pau-Brasil, tendo como finalidade combatê-lo, pois viu nele aproximações não só com o Dadaísmo e o Surrealismo, mas também, segundo Robert Ponge, porque seria o produto de ideologias exóticas e forasteiras (PONGE, 1999).

https://doi.org/10.20396/eha.11.2015.4279
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Referências

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Copyright (c) 2015 Kethlen Santini

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