Resumo
Os trabalhos de André Singer (2012) e de Armando Boito Jr. (2018) se destacam no âmbito da ciência política brasileira por buscar os significados das práticas do Partido dos Trabalhadores (PT) e dos governos de Lula da Silva (2003-2010) e de Dilma Rousseff (2011-2016) a partir das relações de classes. De acordo com Singer, a descolagem do “subproletariado” frente aos partidos conservadores e sua adesão ao “lulismo” e ao PT marcam na política brasileira uma clivagem de classes sociais, sob a linguagem de ricos e pobres, em especial nas eleições de 2006 e 2010.
Referências
BOITO JR., A. Reforma e crise política: os conflitos de classe nos governos do PT. Campinas: Unicamp, 2018.
BRESSER-PEREIRA, L. C.; IANONI, M. Class coalitions in a new democracy: the case of Brazil. In: MAGARA, H. & AMABLE, B. (Orgs). Growth, crisis, democracy: the political economy of social coalitions and policy regime change. London and New York: Routledge, 2017.
GORZ, A. Estratégia operária e neocapitalismo. Rio de Janeiro: Zahar, 1968.
MARTUSCELLI, D. Crises políticas e capitalismo neoliberal no Brasil. Curitiba: CRV, 2015.
SADER, E. (Org.). Dez anos de governos pós-neoliberais no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2013.
SAES, D. Estado e classes sociais no capitalismo brasileiro dos anos 70/80. Primeira versão, n. 2, Campinas: IFCH-Unicamp, 1990.
SINGER, A. Os sentidos do lulismo: reforma gradual e pacto conservador. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Copyright (c) 2019 Octávio Del Passo, Francisco Farias, Veronica Monachini