Resumo
Partindo do contexto da greve de 2016 na Unicamp, marcado por um ambiente politicamente frágil e acirramento entre diferentes atores/atrizes no embate institucional e civil, o presente texto propõe uma análise crítica da montagem “Canto para Rinocerontes e Homens”, encenada no referido ano pela companhia Teatro do Osso. Baseada na dramaturgia “O Rinoceronte” de Eugène Ionesco, a peça que aqui serve de emblema revela e retorce uma série de contradições explícitas e implícitas na onda de conservadorismo que tem acompanhado a crise econômica e a irresponsável e indecente gestão política institucional. Elaborada por mestres em formação durante o período da greve, a resenha é elaborada como um diálogo-debate e redigida colaborativamente em um estilo ensaístico, e reflete em sua forma a elaboração de um espaço onde as normas acadêmicas de produção do conhecimento científico puderam ser colocadas em perspectiva. Esperamos, com o texto que segue, provocar reflexões nos/as leitores/as atinentes aos próprios valores e convicções que tem governado nossas concepções acerca do humano e dos mundos que queremos.
Referências
AGAMBEN, G. Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua I. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2004.
BUTLER, Judith. Vida precaria: el poder del duelo y la violência. Buenos Aires: Paidós, 2006.
BUTLER, Judith. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.

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Copyright (c) 2016 Eros Sester, Sara Vieira Antunes