Práticas escolares a partir do acervo João Penteado (na perspectiva da história comparada)
DOI:
https://doi.org/10.20888/ridpher.v8i00.17502Palavras-chave:
Educação libertária, Trabalho, Práticas escolares, Escolas anarquistas e escolanovismoResumo
Este trabalho tem por objetivo discutir a experiência da Escola Oficina No. 1 de Lisboa, em Portugal, na perspectiva da história comparada. A Escola Oficina No. 1 foi criada em 1905 pela Sociedade Promotora de Asilos, Creches e Escolas como uma escola de ofícios, por maçons, republicanos e anarquistas. O seu principal propósito era atingir alunos de bairros operários, dando início a um projeto associado ao princípio da educação integral. Busca-se compreender as singularidades da experiência da escola oficina No. 1 em comparação com a Escola Moderna de São Paulo, organizada em 1912 por associação de trabalhadores anarquistas. Um dos principais objetivos do texto consiste em apontar semelhanças e aspectos que as diferenciavam, dentro do contexto histórico no qual surgiram e atuaram. O estudo baseia-se no levantamento bibliográfico em torno das duas escolas, assim como de outras experiências libertárias do período, com consulta aos documentos do Acervo João Penteado e da Escola Oficina No. 1.
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