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De l'insertion au démantèlement de la politique d'économie solidaire dans l'agenda gouvernemental (2003-2019)
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Mots-clés

Économie solidaire
Capacités de l'État
Politiques sociales
Brésil

Comment citer

Silva, S. P. (2021). De l’insertion au démantèlement de la politique d’économie solidaire dans l’agenda gouvernemental (2003-2019). RBEST: Revista Brasileira De Economia Social E Do Trabalho, 3(00), e021020. https://doi.org/10.20396/rbest.v3i00.15938

Résumé

L'insertion de l'économie solidaire dans l'agenda gouvernemental s'annonçait comme un défi pour l'administration publique brésilienne. Dans la recherche d'une stratégie de lutte contre le chômage, la politique a été conçue en partant du principe que le travail ne se limite pas à l'emploi salarié, et que l'efficacité de l'action de l'État en matière de génération de revenus et de développement local implique une perspective d'action transversale et participative. Dans cette perspective, cette étude a cherché à problématiser la trajectoire institutionnelle de la politique nationale d'économie solidaire, depuis son origine formelle en 2003, en passant par la construction des capacités étatiques nécessaires à sa mise en œuvre, jusqu'à atteindre la suppression en 2019. L'examen d'une telle trajectoire a permis de distinguer les capacités technico-administratives et politico-relationnelles. Sur la base de l'instrument analytique adopté, on peut caractériser ce processus de suppression comme un “démantèlement par extinction”, étant donné que toute la structure opérationnelle construite autour de cette politique publique était désactivée de manière formelle et séquentielle, c'est-à-dire par des actes normatifs officiels.

https://doi.org/10.20396/rbest.v3i00.15938
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