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O mercado de trabalho no Pará
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Palavras-chave

Estrutura produtiva
Mercado de trabalho
Desigualdade social

Como Citar

Trindade, J. R. B., & Borges, G. T. do N. (2023). O mercado de trabalho no Pará: Economia primário-exportadora e desigualdade social. RBEST Revista Brasileira De Economia Social E Do Trabalho, 5(00), e023007. https://doi.org/10.20396/rbest.v5i00.17458

Resumo

Integrado primeiro ao mercado internacional e depois ao nacional, a marca do Pará é a produção primária destinada à exportação, com ocupações informais (sem vínculo empregatício), complementada por atividades extrativistas destinadas à demanda interna, como o açaí. A dinâmica econômica neoextrativista exportadora aprisiona, histórica e socialmente, a economia regional num circuito de baixa capacidade de inclusão social e de elevado empobrecimento da população paraense, exemplo de um padrão de desenvolvimento periférico (dependente e excludente). Além da exploração de produtos da biodiversidade, como o cacau nativo, e o cultivo da cana-de-açúcar, a economia do Pará também se baseou recentemente na produção de soja e palma, na pecuária empresarial e na exploração de minérios. A questão que norteia as análises neste artigo refere-se às alterações ocorridas nas últimas duas décadas na estrutura ocupacional e nas relações de trabalho, considerando esse padrão de desenvolvimento primário-exportador. O uso de estatísticas descritivas com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC, 2012 a 2020), junto com as Contas Regionais e de Comércio Exterior, possibilitou uma análise do mercado de trabalho estadual, sem desconsiderar outros aspectos centrais socioeconômicos.

https://doi.org/10.20396/rbest.v5i00.17458
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