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O punk não é só para o seu namorado
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Palavras-chave

Rock
Identidades
Luta política
Feminismo
Esfera pública alternativa

Como Citar

CASADEI, Eliza Bachega. O punk não é só para o seu namorado: esfera pública alternativa, processos de identificação e testemunho na cena musical Riot Grrrl. Música Popular em Revista, Campinas, SP, v. 1, n. 2, p. 197–214, 2013. DOI: 10.20396/muspop.v1i2.12889. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/muspop/article/view/12889. Acesso em: 18 abr. 2024.

Resumo

O movimento Riot Grrrl surgiu em meados dos anos 90 e é constituído por garotas que usam o rock como instrumento da luta política feminista. Além de utilizar a música como elemento identitário e político central, esse movimento também é caracterizado pela constituição de uma esfera pública alternativa (formada por fanzines, blogs e e-zines) que funciona tanto como um modo de divulgar as suas músicas quanto como disparadores de mecanismos de identificação em relação às suas causas políticas. O objetivo do presente trabalho é estudar os instrumentos que estas bandas feministas – que se afastam dos movimentos políticos feministas tradicionais – utilizam para criar identificação com o seu público, principalmente a partir de uma pesquisa empírica dos e-zines publicados por estas bandas e pela ação comunicativa de suas líderes nas redes sociais. É possível notar que, a despeito de outros mecanismos de identificação, é o testemunho que funciona como elo de sociabilização que marca a esfera pública alternativa composta pelas publicações feitas pelas Riot Grrrls. O testemunho funciona como um poderoso agenciador das identidades coletivas, uma vez que está pressuposto no reconhecimento de um mundo em comum, alocando a identidade enquanto ato performativo.

https://doi.org/10.20396/muspop.v1i2.12889
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Referências

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