Resumo
Na arte contemporânea os críticos e os curadores ganharam mais espaço, ocupando no sistema de dominação um espaço próximo ao dos artistas. Esta inversão alicerça o sucesso artístico à criação de parcerias sociais. Para tanto, o artigo parte do processo criativo com o intuito de reconstruir marcos e questões que ora catalisam a criação, ora a modificam. Através do que diagnosticamos enquanto atipologias metodológicas observaremos que as estratégias de pertencimento no mercado de arte perfazem um caminho próximo daquilo que Boris Groys anunciava enquanto autoria múltipla. Perante esta construção, interessa-nos refletir acerca de modalidades de pertencimento, avaliando como o agenciamento de seus processos, obras e da imagem de si é algo individual e não replicável.
Referências
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