Resumo
A proposta deste texto é realizar uma breve análise dos principais elementos que constituem a poética do artista plástico suíço H. R. Giger (1940-2014), especialmente no que diz respeito às representações de corpos de seres híbridos, alienígenas, presentes em pinturas, cenários e cinema. Para compreender os processos que levaram Giger na construção destes corpos estrangeiros, eróticos e sombrios, é necessário ter em mente que a obra do artista integra a história da percepção do corpo como território do mistério, a geografia criptografada do outro. Os corpos criados por Giger constituem a soma de fascínio e terror que passaram a povoar a cultura e o cinema contemporâneos, atualizando os medos ancestrais de nossa espécie.
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