Resumo
Se certa tradição ocidental nos condicionou a compreender o silêncio a partir da ideia de vazio, inação, obscuridade, morte, tédio e categorias afins, a arte vem à tona como um descortinamento das múltiplas possibilidades discursivas contidas neste elemento. Sob esta perspectiva, sua dimensão interpretativa e os processos de atribuição de significado que o envolvem tornam-se potencialmente
irrestritos, assim como os meios pelos quais ele pode se tornar manifesto.
Referências
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