Resumo
Uma caixa retangular se situa sobre o chão do espaço aberto (fig. 1 e 2). Não há murmúrios nem música. Jaz ali quieta, como se fosse algo morto. Se o espectador não se aproximar, poderia opinar que essa pudesse ser uma caixa que guardaria um pedaço de árvore morta. Porém, a caixa já é feita de madeira. Surge o questionamento de que, então, ela guardaria a si própria dentro de si mesma. Criado mudo, aquilo permanece em seu leal apoio ao chão. Inicialmente, o chão pode ser a coisa mais permanente ali, contudo,
não, ela ali permanecerá. Está indubitavelmente aderida ao chão.
Referências
BARTHES, Roland. A câmera clara: notas sobre a fotografia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
BATISTA, Anderson dos Santos. Ruptilidade da vida, ductilidade da morte. 2016. 68 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Artes Visuais) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2016.
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MONDZAIN. Marie-José. Homo spectator: ver, fazer ver. Lisboa: Orfeu Negro, 2015.
SEVERO, André. Campo de rejeito. In BERNARDES, Maria Helena. Vaga em campo de rejeito. São Paulo: Escrituras, 2003.
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