Resumo
A revista Malasartes, editada por críticos atuantes ou artistas então emergentes como Carlos Vergara, Bernardo de Vilhena, Carlos Zilio, Cildo Meirelles, José Resende, Luiz Paulo Baravelli, Ronaldo Brito, Rubens Gerchman e Waltércio Caldas, responde a certa consolidação do mercado, o chamado “boom”, também repercute o desenvolvimento da arte internacional, cujos avanços conceituais e experimentais dos anos 1960 e 1970 ainda não tinham sido inteiramente assimilados aqui no Brasil. Surge durante um período de profundas transformações no contexto político-cultural. Embora publicada em apenas três números entre 1975 e 1976, se diferencia das demais revistas de arte pela veiculação de textos e propostas artísticas que, se não se opunham, questionavam o funcionamento do circuito de arte no Brasil e o mercado de arte que se estabelecia . O próprio nome da revista, uma referência à figura folclórica de Pedro Malasartes, sugere o sentido de astúcia frente aos poderosos naquele contexto, marcado pela Ditadura e pela censura.
Referências
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