Resumo
Neste estudo, pautado, sobretudo, em determinadas passagens dos Cursos de Estética de Hegel, examinamos certos aspectos atinentes à relação entre ideal e natural na representação pictórica. De início, o que desde logo inferimos a respeito desta relação, que nos termos hegelianos, condiz com grau ótimo a expressão plástica que consiga reunir as dimensões espiritual e substancial da pintura, fixando-se a holandesa, mais precisamente a pintura de gênero produzida no século XVII, como manifestação pictórica
catalisadora de qualidade maior propugnada por Hegel e pautada em dois fatores primordiais: o primeiro deles, circunscrito ao âmbito do conteúdo, afeito à escolha do prosaico, do comum, do transitório, a operar maior ênfase ao caráter espiritual da pintura; o segundo, inscrito nas determinações do material sensível, a se valer, sobretudo, da cor como meio de encantamento e aproximação do espectador com o objeto artístico, nosso principal objeto de reflexão aqui.
Referências
ALPERS, S. A arte de descrever: A arte Holandesa do século XVII. Trad. Antônio de Pádua Danesi. São Paulo: Edusp, 1999.
HEGEL, G.W.F. Cursos de estética, vol. I. Trad. Marco Aurélio Werle e Oliver Tolle, São Paulo: Edusp, 1999.
HEGEL, G.W.F. Cursos de estética, vol. II. Trad. Marco Aurélio Werle e Oliver Tolle, São Paulo: Edusp, 2000.
HEGEL, G.W.F. Cursos de estética, vol. III. Trad. Marco Aurélio Werle e Oliver Tolle, São Paulo: Edusp, 2002.
SLIVE, Seymour. Pintura holandesa 1600-1800. Trad. Miguel Lana e Otalício Nunes. São Paulo: Cosasc & Naify, 1998.
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