Reflexões sobre o papel de Arminda em "Quanto vale ou é por quilo?" (Sérgio Bianchi, 2005)
PDF

Palavras-chave

Cinema
Miséria
Corrupção
Racismo

Como Citar

ARRUDA, Douglas Gasparin. Reflexões sobre o papel de Arminda em "Quanto vale ou é por quilo?" (Sérgio Bianchi, 2005). Encontro de História da Arte, Campinas, SP, n. 11, p. 178–184, 2015. DOI: 10.20396/eha.11.2015.4267. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/eventos/index.php/eha/article/view/4267. Acesso em: 7 maio. 2024.

Resumo

Há, no filme Quanto vale ou é por quilo? (2005, Sérgio Bianchi), uma série abrangente de provocações. Bianchi, nesse filme, nos coloca diante do incômodo exercício de refletir acerca de problemas polêmicos do seu contexto de produção: a exploração sem limites da miséria humana; o cinismo das elites em seus discursos sobre o cuidado social; a corrupção das instituições do terceiro setor da economia; a permanência do racismo e seus mecanismos de exclusão. Segundo Nezi Heverton e Luis João Vieira, Bianchi é marcado por esses elementos, pelo choque, a ironia, pelo discurso que não poupa ninguém, por uma orientação de mundo a tal ponto distópica que já não há espaço para personagens redentores, para ações moralizantes, para desfechos revolucionários capazes de gerar uma sociedade ideal.

https://doi.org/10.20396/eha.11.2015.4267
PDF

Referências

ASSIS, Machado de. Pai contra mãe. In: Quanto Vale ou É por Quilo? Roteiro de Eduardo Benaim, Newton Cannito e Sergio Bianchi do filme de Sergio Bianchi. Imprensa Oficial: São Paulo, 2008.

BAXANDALL, Michael. Padrões de intenção: a explicação histórica dos quadros. São Paulo: Editora Schwarcz, 2006. p. 31-119.

DIDI-HUBERMAN, Georges. A imagem sobrevivente: história da arte e do tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013. Pg 29, 136 – 137.

DIDI-HUBERMAN, Georges.. Prefácio. In: MICHAUD, Philippe-Alain. Aby Warburg e a imagem em movimento. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013. P. 23.

EGG, André; FREITAS, Artur; KAMINSKI, Rosane (Orgs).Arte e política no Brasil: modernidades. São Paulo: Perspectiva, 2014. Pgs 9, 10, 20.

LAHNI, Claudia Regina, Nilson Assunção, Mariana Zibordi, Maria Fernanda. A Mulher negra no cinema: uma análise de filhas do vento. Revista Científica Cent. Universidade Barra Mansa - UBM, Barra Mansa, v.9, n. 17, jul. 2007, pg 82.

OLIVEIRA, Nezi Heverton. Campos de. O cinema autoral de Sérgio Bianchi: uma visão crítica e irônica da realidade brasileira. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) – Escola de Comunicação e Artes. São Paulo: USP, 2006.

RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: EXO / Ed.34, 2005.

RANCIÈRE, Jacques. As distâncias do cinema. Rio de Janeiro, Contraponto, 2012.

VIEIRA, Luiz João. Câmera-faca – O cinema de Sérgio Bianchi. Santa Maria da Feira: Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira, 2004

XAVIER, Ismail. Sertão Mar: Glauber Rocha e a estética da fome. São Paulo: Cosac Naify, 2007.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2015 Douglas Gasparin Arruda

Downloads

Não há dados estatísticos.