Resumo
Nas últimas décadas, a produção historiográfica sobre as artes nas Minas Setecentistas cresceu substancialmente, criando e destruindo mitos, enaltecendo e desvalorizando gênios. O olhar sobre o patrimônio artístico mineiro, principalmente sobre a arte sacra, ainda conserva o encanto daqueles primeiros modernistas, que, em meados do século XX, aprofundaram seus estudos no almejo de valorizar aquela que seria “uma manifestação genuína da Arte Brasileira”. Criaram o conceito de Barroco Mineiro cujo ápice estaria na produção de Aleijadinho e Ataíde. No entanto, uma leva de bons escultores, entalhadores, pintores, pedreiros, enfim, uma leva de artistas e artífices não foi contemplada por essas pioneiras pesquisas.
Referências
ALVES, Célio Macedo. Manoel Ribeiro Rosa: genial, injustiçado e florido. Revista Telas & Artes. Belo Horizonte, Ano II, n.10, p.29-33, jan./fev. 1999.
ALVES, Célio Macedo. Pintores, policromia e o viver em colônia. Imagem Brasileira. Belo Horizonte: n. 2, p.81-85, 2003, p.82.
ANDRADE, Rodrigo M. F. de. A pintura colonial em Minas Gerais. Revista do IPHAN, Rio de Janeiro, n.18, 1978, p.36-37.
ÁVILA, Affonso, GONTIJO, João Marcos Machado e MACHADO, Reinado Guedes. Barroco Mineiro: Glossário de Arquitetura e Ornamentação. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro – Coleção Mineiriana – Obras de Referência. Disponível em CD-ROM.
BAZIN, Germain. A arquitetura religiosa barroca no Brasil. Rio de Janeiro: Record,1983.
BOSCHI, Caio C. Em Minas, os negros e seus compromissos. In: MARTINS FILHO, Amílcar Vianna (Org). Compromissos de irmandades mineiras do século XVIII. Belo Horizonte: Instituto Cultural Amílcar Martins, 2007.
BOSCHI, Caio C. Irmandades, religiosidade e sociabilidade. In: RESENDE, Maria Efigênia Lage de e VILLALTA, Luiz Carlos (Orgs). As Minas Setecentistas. Belo Horizonte: Autêntica, 2007, p. 59-76.
BOSCHI, Caio C. Os leigos no poder. Irmandades leigas e política colonizadora em Minas Gerais São Paulo: Ática, 1996.
CAMPOS, Adalgisa Arantes. Contribuição ao estudo da pintura colonial: Manoel Ribeiro Rosa (1758/1808). In: Anais do XXX Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte. Rio de Janeiro, 2010, p.567-577. Disponível em: http://www.cbha.art.br/coloquios/2010/anais/site/pdf/_completo2010copia.pdf.
CAMPOS, Adalgisa Arantes. A contribuição de José Gervásio de Souza Lobo para a pintura em fins da época colonial. In: XXVII Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte, 2008, Salvador. Anais do XXVII Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte. Belo Horizonte: C/Arte, 2007. p.15-22;
CAMPOS, Adalgisa Arantes. Notas sobre um pintor luso-brasileiro e a iconografia dos novíssimos (a morte, o juízo, Inferno e o Paraíso) em fins da época colonial. Revista Fênix, 2012 (no prelo).
COTTA, Francis Albert. Negros e mestiços nas milícias da América Portuguesa. Belo Horizonte: Crisálida, 2010.
DEL NEGRO, Carlos. Contribuição ao Estudo da Pintura Mineira. Rio de Janeiro: Publicações da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 1958.
ESPÍRITO SANTO, Cláudia Coimbra do. Economia, religião e costume no cotidiano das Minas: práticas creditícias na Vila Rica Setecentista, disponível em http://www.cedeplar.ufmg.br/seminarios/seminario_diamantina/2008/D08A016.pdf.
ESPÍRITO SANTO, Cláudia Coimbra do. Economia da palavra: Ações de alma nas Minas setecentista. São Paulo: Dissertação de Mestrado apresentada à FFLCH/USP, 2003.
GROSSI, Ramon Fernandes. A Religiosidade nas Minas Setecentistas. Varia Historia, Belo Horizonte, n. 24, p. 90-106, Janeiro 2001.
HIKSPOORS, Frei Pedro Thomaz, et alli. Vida dos Santos da Ordem Carmelitana. Rio de Janeiro: Imprimatur, 1930.
MALE, Émile. El arte religioso después del Concilio de Trento. In: El arte religioso del siglo XII al siglo XVIII. México, Fundo del Cultura, s/d.
LOPES, Francisco Antônio. História da Construção da Igreja do Carmo de Ouro Preto. Rio de Janeiro: SPHAN, 1942.
MARAVALL, José Antônio. A cultura do barroco: análise de uma estrutura histórica. São Paulo: EDUSP, 1997
MARTINS, Judith. Dicionário de Artistas e artífices dos séculos XVIII e XIX em Minas Gerais. Rio de Janeiro; IPHAN, 1974, v. 2, p.187.
MATHIAS, Herculano Gomes. Um recenseamento na Capitania de Minas Gerais Vila Rica-1804. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1969, p. XXVII. p. 80.
MENEZES, Joaquim Furtado de. Igrejas e irmandades de Ouro Preto: a religião em Ouro Preto. Belo Horizonte, MG: IEPHA, 1975.
OLIVEIRA, Monalisa Pavonne. A elite do Santíssimo de Vila Rica na segunda metade do secúlo XVIII. Disponível em http://www.seminariojals.ufop.br/monalisa_pavonne_oliveira.pdf.
OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de. A pintura de perspectiva em Minas colonial – ciclo Rococó. Barroco 12. Belo Horizonte, p.171-180, 1982/3.
OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de. Barroco e rococó na arquitetura religiosa da Capitania Das Minas Gerais. In: RESENDE, Maria Efigênia Lage de e VILLALTA, Luiz Carlos (Orgs). As Minas Setecentistas. Belo Horizonte: Autêntica, 2007, p. 365-382.
OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de. O Rococó Religioso no Brasil e seus antecedentes europeus. São Paulo: Casac&Naify, 2003.
RIBEIRO, Marília A. “A Igreja de São José de Vila Rica”. In: Barroco 15. Belo Horizonte, p.447-459. 1990/2.
ROIG, Juan Ferrando. Iconografía de los Santo. Barcelona: Omega, 1950.
SALLES, Fritz Teixeira de. Associações Religiosas no Ciclo do Ouro. 2ª Ed. São Paulo: Perspectiva, 2007.
SANTOS, Raphael Freita. Devo que pagarei: sociedade, mercado e práticas creditícias na comarca do Rio das Velhas (1713-1773). Belo Horizonte: Dissertação de Mestrado em História - UFMG, 2005.
SEBASTÍAN, Santiago. Contrarreforma y Barroco. Madrid: Alianza Forma, 1989.
TRINDADE, Raimundo. A Igreja de São José de Ouro Preto. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 13. Rio de Janeiro: SPHAN, 1956.
TRINDADE, Raimundo. Irmandade do Rosário de Ouro Preto (freguesia do Pilar). In: Anuário do Museu da Inconfidência IV. p.236-45, 1995/57.
WEISBACH, Werner. El Barroco: Arte de la Contrarreforma. Madrid: Espasa-Calpe, 1948.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2012 Leandro Gonçalves de Rezende, Armando Magno de Abreu Leopoldino