Resumo
Em paralelo ao fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Roberto Rossellini produz aquela que viria a ser a primeira obra de sua trilogia neorrealista: Roma, Città Aperta (1945). O estado de decadência por que passava a Itália naquele momento era o mesmo vivenciado por grande parte da Europa, e foi este o pano de fundo apropriado por Rossellini para desenvolver o trabalho que assinala uma nova estética do Realismo apresentada a partir do dispositivo técnico do cinema. Nada além da imagem cinematográfica poderia expor de forma tão aguda o drama e todo o sofrimento vivenciado por milhares de pessoas naquela época, pois as técnicas fotográficas, por sua própria gênese objetiva, assumiram um papel político de denúncia, que outrora também pertenceu à pintura, como em A execução de Maximiliano (1867), de Édouard Manet, por exemplo.
Referências
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FLUSSER, Vilém. O universo das imagens técnicas. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2012.
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SCHILLER, Friedrich. Sobre a educação estética do ser humano em uma série de cartas e outros textos. Lisboa: Imprensa Nacional da Casa da Moeda, 1994.
BRULEY, Yves. Maximiliano do México – Um fantoche francês. Disponível em http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/maximiliano_do_mexico_-_um_fantoche_frances.html. Acesso em setembro de 2014.
ROMA Città Aperta. Direção: Roberto Rossellini. Ano produção: 1945. São Paulo, Geral DVD-FILMES, 2002. 97 min. Dolby 2.0, Standard 1.33:1 - P&B
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