Resumo
Dois dos maiores críticos de arte do século XIX, John Ruskin (1819-1900) e Charles Baudelaire (1821-1867), são perfeitos contemporâneos. Não deixa de ser curioso que Baudelaire, tão atento ao que se publicava na Inglaterra, não mencione uma única vez Ruskin (ainda que, por outro lado, mais de uma vez tenha manifestado sua admiração pela obra dos pré-rafaelitas). Ruskin também não menciona Baudelaire em seus extensos escritos sobre arte (lembremos que a edição mais respeitada de sua obra, empreendida a partir de 1903 por E. T. Cook e Alexander Wedderburn, conta com 39 volumes). Ainda assim, a aproximação entre Ruskin e Baudelaire, sem grande tradição na crítica, foi efetuada nos anos sessenta por George Landaw (cf. LANDAW,1968: 295-308) a quem interessa pontos gerais de contato entre ambos no pensamento sobre arte (o fato de admirarem grandes coloristas, Turner no caso de Ruskin e Delacroix no de Baudelaire, o fato de conceituarem o sublime, de verem com preocupação o avanço da indústria, etc.).
Referências
BAUDELAIRE, Charles. Les deux crépuscules. In: ASSELINEAU, C. et alii. Fontainebleau: paysages, légendes, souvenirs, fantasies. Paris: Hachette, 1855. p. 73-80.
BAUDELAIRE, Charles. Salon de 1859: Le Paysage. In:_____. Oeuvres complètes II. Paris: Gallimard, 1976. p. 660- 668. (Bibliothèque de la Pléiade)
LANDAW, George P. Ruskin and Baudelaire on Art and Artist. University of Toronto Quarterly, 37, p. 295-308, 1968.
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RUSKIN, John. The opening of the Crystal Palace, considered in some of its relations to the prospects of Art [1854]. In: COOK, E. T.; WEEDERBURN, Alexander. The works of John Ruskin v. 12: Letters on Architecture and Painting (Edinburgh, 1853) with others papers (1844-1854). London: George Allen; New York: Longmans, Green and Co., 1903d. p. 417-432. 216
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Copyright (c) 2009 Daniela Pinheiro Machado Kern