Resumo
O objetivo desta comunicação é apresentar um resumo de minhas pesquisas sobre a retomada e a renovação das relações entre arte, mito e rito na modernidade. A hipótese central é de que o mito e o rito podem ser entendidos como princípios formais de certa arte das primeiras décadas do século XX – e que, portanto, podem servir também como princípios intelectivos para a crítica desta arte. Para tal, examina-se o que se denomina “dimensão mítica” nas obras de Piet Mondrian e o que se nomeia “dimensão ritual” na Merzbau de Kurt Schwitters.
Referências
Ernst CASSIRER, Filosofia de las formas simbólicas II: el pensamiento mítico, México: Fondo de Cultura Económica, 1998, p. 72.
Ernst CASSIRER, Linguagem e mito, São Paulo: Perspectiva, 1974, p. 52.
Dorothea DIETRICH, The Collages of Kurt Schwitters, Cambridge and New York: Cambridge University Press, 1993, p. 204.
Elizabeth Burns GAMARD, Kurt Schwitters Merzbau: The Cathedral of Erotic Misery, New York: Princeton Architectural Press, 1998, p. 6.
Dietmar ELGER, «L’oeuvre d’une vie: les Merzbau», compilado no catálogo Kurt Schwitters, Paris: Centre Georges Pompidou, 1994, p. 150.
Mircea ELIADE, O sagrado e o profano, São Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 30 e 35.
Carlo GINZBURG, «Mito: distância e mentira», Olhos de madeira, São Paulo: Companhia das Letras, 2001, p. 57.
Georges GUSDORF, Mythe et métaphysique, Paris: Flammarion, 1953, p. 12.
G. S. KIRK, Myth: Its Meaning and Functions in Ancient and Other Cultures, Berkeley: Cambridge University Press, Cambridge London Melbourne; Los Angeles: University of California Press, 1986, p. 23.
Rosalind E. KRAUSS, «Grids», The Originality of Avant-Garde and Other Modernist Myths. Cambridge, Mass.: MIT Press, 1997, p. 9.
Wladimir KRYSINSKI, «I miti “di” avanguardia e i miti “nell’”avanguardia», compilado por F. BARTOLI, R. DALMONTE, R. e C. DONATI, Visioni e archetipi: il mito nell’arte sperimentale e di avanguardia del primo novecento, Trento: Dipartimento di Scienze Filologiche e Storiche, Università degli Studi di Trento, 1996, p. 16.
Mario PERNIOLA, Più-che-sacro, più-che-profano, Milano: Mimesis, 1992, pp. 20-21.
Herbert READ, Icon and Idea, London: Faber and Faber, 1955, p. 133.
Wilhelm WORRINGER, Abstraction et Einfülung, Paris: Klincksieck, 2003, p. 52.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2006 Veronica Stigger