Resumo
Minha comunicação tem por objetivo analisar um aspecto preciso da historiografia de dois ícones do movimento modernista brasileiro: o “confronto” que teria existido entre a bela Tarsila e a “mulher-menina” Anita Malfatti. Para alguns historiadores, o mal-estar criado pela convivência com Tarsila foi uma das razões que levaram Anita a recuar de seu engajamento vanguardista e buscar uma arte “sem excessos”. Destaco aqui a contribuição de dois autores: Gilda de Mello e Souza, em seu artigo “Vanguarda e Nacionalismo na década de Vinte”, de 1975, e Sérgio Miceli, em seu livro Nacional Estrangeiro, publicado em 2003, tratam do tema apontando o quanto as vantagens físicas e materiais de Tarsila ajudaram-na a impor-se como a musa final do movimento modernista brasileiro.
Referências
Aracy Amaral, org, Correspondência Mário de Andrade & Tarsila do Amaral, São Paulo, Edusp/IEB, 1999, pp. 5758. Carta datada de 11 de janeiro de 2003.
Aracy Amaral, Tarsila: sua obra seu tempo, São Paulo, Edusp e Ed. 34, 2003
Gilda de Mello e Souza, “Vanguarda e Nacionalismo na década de Vinte”
Marta Rossetti Batista, org., Mário de Andrade. Cartas a Anita Malfatti (1921-1939), São Paulo, Forense Universitária, 1989, p. 66. Carta datada de 3 de janeiro de 1924.
Marta Batista Rossetti, Anita Malfatti no tempo e no espaço, São Paulo, IBM, 1986, p. 136.
Sérgio Miceli, Nacional Estrangeiro, São Paulo, Companhia das Letras, 2003
Tadeu Chiarelli, “Anita Malfatti no tempo e no espaço”. In Arte internacional brasileira, São Paulo, Lemos editorial, 1999, p. 158.
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Copyright (c) 2006 Maria de Fátima Couto