Resumo
Este trabalho propõe uma apropriação histórica do filme "O terror da vermelha", um superoito rodado por Torquato Neto – um dos ícones da Tropicália – em Teresina em 1972. A principal proposta do estudo é, a partir da análise do filme, problematizar as relações entre história e linguagem, sugerindo que o "cinema em liberdade" defendido por Torquato Neto representa o ápice do embate torquateano para "destruir a linguagem e explodir com ela", instaurando uma contra-linguagem que lhe permitisse escapar da captura social de sua subjetividade. Sugere-se que o filme em estudo pode ser visto como um signo de sua época, espécie de síntese sensitiva da marginalia 70.
Referências
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