Resumen
Este artículo trae una reflexión crítica de las memorias y temporalidades de las experiencias Negras brasileñas que aparecen en la obra Diário de Bitita, publicación póstuma en 1986 de la escritora Carolina María de Jesús [1914-1977]. Buscamos explorar los contextos de sujeción y resistencia presentes en la obra que permiten discutir, por un lado, la temporalidad y formas de contar sobre uno mismo y sobre el mundo que no termina en narrativas de dolor y sufrimiento y, por otro lado, el conjunto de memorias cotidianas que capaz de concebir una narrativa sobre/desde Brasil. La articulación temporal del pasado esclavitud a las experiencias de opresión y desigualdades sociales y raciales escenificadas en Diário de Bitita, elaboran una narrativa que tensiona los imaginarios nacionales hegemónicos, entre ellos la idea de democracia racial. Además, la denuncia y crítica social que constituye la obra está pavimentada por un estilo estético y poético compuesto de ironías, recuerdos, sueños y deseos.
Citas
BAKHTIN, Mikhail. Capítulo 1. In: Teoria do Romance II. As formas do tempo e do cronotopo. São Paulo: Editora 34, 2018, p. 15 - 70.
BORGES, Rosane. Escrevivência em Conceição Evaristo: armazenamento e circulação dos saberes silenciados. DUARTE, Constância Lima & NUNES, Isabella Rosado (Org.). In: Escrevivência, a escrita de nós: Reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo. Rio de Janeiro: Mina Comunicação e Arte, 2020, p. 182-204.
CHRISTIAN, Barbara. A disputa de teorias. Rev. Estud. Fem., v. 10, n. 1, p. 85-97, 2002.
DALCASTAGNÈ, Regina. Ausências e estereótipos no romance brasileiro das últimas décadas: alterações e continuidades. Porto Alegre: Letras de hoje, v. 56, n. 1, 2021.
EVARISTO, Conceição. A Escrevivência e seus subtextos. DUARTE, Constância Lima & NUNES, Isabella Rosado (Org.). In: Escrevivência, a escrita de nós: Reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo. Rio de Janeiro: Mina Comunicação e Arte, 2020, p. 26-46.
GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje, ANPOCS, p. 223-244, 1984.
HALBWACHS, Maurice. Memória Coletiva e Memória Individual; Memória Coletiva e Memória Histórica. In: A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990, p. 11-37.
HARTMAN, Saidiya. Vênus em dois atos. Revista Eco-Pos, v. 23, n. 3, p. 12-33, 2020.
JESUS, Carolina Maria de. Diário de Bitita. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. São Paulo: N-1 Edições, 2018.
MORAES, Ana Cristina de & CASTRO, Francisco Mirtiel Frankson Moura. Por uma estetização da escrita acadêmica: poemas, cartas e diários envoltos em intenções pedagógicas. Revista Brasileira de Educação, v. 23, p. 1-15, 2018.
NASCIMENTO, Abdias. O Genocídio do Negro Brasileiro: Processo de um Racismo Mascarado. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terras/A, 1978.
PALMEIRA, Moacir. Política e tempo: nota exploratória. In: PEIRANO, Mariza (Org.). O dito e o feito. Ensaio de antropologia dos rituais. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, Núcleo de Antropologia da Política, 2002, p. 171-178.
POLLAK, Michael. Memória e identidade social. Estudos Históricos, n. 10, 1992.
POLLAK, Michael. Memória, Esquecimento, Silencio. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 2, n. 3, 1989.
TELLES, Edward E. O significado da raça na sociedade brasileira. Princeton e Oxford: Princeton University Press, 2012.
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-sa/4.0/88x31.png)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Derechos de autor 2022 Amanda Moura Souto, Matheus Silva Freitas