Resumo
Este artigo procura trazer contribuições ao debate sobre a relação entre a divisão sexual e internacional do trabalho, procurando caracterizar não somente impactos do neoliberalismo sobre a divisão sexual do trabalho, mas mostrar, como vêm apontando sobretudo pesquisadoras feministas, que o gênero é um organizador chave da globalização neoliberal. Focalizo nessa discussão as dinâmicas da divisão sexual no trabalho assalariado e o uso estratégico da força de trabalho feminina em manufaturas que integram as cadeias globais de valor (com o exemplo emblemático da indústria eletroeletrônica), sem desconsiderar, porém, a indissociabilidade entre trabalho assalariado e reprodutivo.
Referências
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