Resumo
Por mais consideráveis que sejam as conquistas das investigações históricas ou dos trabalhos de comparativistas que foram realizados, ao longo de muitos anos, sobre a formação e o funcionamento das burocracias de Estado, sobre suas estratégias de legitimação e sobre seus instrumentos conceituais e materiais específicos, imensos problemas permanecem postos de tal modo que não podemos realmente tratar certas ilusões historiográficas a não ser na condição de abandoná-las, ao menos parcialmente. A primeira é a interpretação teleológica que descreve a emergência do Estado como um processo ininterrupto de “modernização” – ou seja, para precisar o obscuro pelo mais obscuro, o vago pelo mais vago – de “racionalização” e de “secularização”, obedecendo a uma espécie de impetus natural e não às escolhas historicamente determinadas de agentes históricos específicos.
Referências
ELLIOT, J. H.“A Europe of composite monarchies”, em Past and Present, 1992.
ANTONIE, Michel, “Genèse de l’institution des intendants”, in Journal des savants, 1982, p. 283-317.

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Copyright (c) 2013 Olivier Christin, Pierre-Étienne Will, Pierre Bordieu