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Cultura, política e mercado
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Palavras-chave

Cinema
Brasil
Getúlio Vargas
Burocracia estatal
Ideologia

Como Citar

ASSIS, Paula. Cultura, política e mercado: o cinema nacional na Era Vargas. Tematicas, Campinas, SP, v. 22, n. 43, p. 159–182, 2014. DOI: 10.20396/tematicas.v22i43.11420. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/tematicas/article/view/11420. Acesso em: 24 abr. 2024.

Resumo

O artigo analisa as condições sociais da produção do cinema nacional, especificamente durante a “Era Vargas” (1930-1945), buscando compreender as características da formação do mercado cinematográfico brasileiro. O período se destaca na história do cinema brasileiro por marcar o início das intervenções estatais no setor. Procuramos demonstrar que, durante a época em questão, a intervenção estatal acabou fomentando disputas políticas entre os setores envolvidos no segmento, principalmente entre exibição e produção. Para entender as relações entre cinema e Estado, focamos nossa atenção nos processos e conflitos envolvidos tanto na formação da burocracia estatal na área, quanto na formulação e instituição de medidas legislativas que visavam regulamentar o mercado. Verificamos que, as relações travadas entre o governo getulista com certos segmentos sociais resultaram na transformação de uma elite cultural em uma elite política, que aliada ao Estado trabalhou na consolidação de certas ideologias que contribuíram prioritariamente para a sustentação do regime político. Entre elas, uma concepção específica do uso instrumental do cinema, como meio reprodutor de certos valores que sustentavam a ideologia do governo em questão.

https://doi.org/10.20396/tematicas.v22i43.11420
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