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Pessoas, indivíduos e ciborgues
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Palavras-chave

Antropologia
Metodologia de pesquisa
Cultura
Sociedade
Feminismo

Como Citar

ESCOURA, Michele. Pessoas, indivíduos e ciborgues: conexões e alargamentos teórico-metodológicos no diálogo entre antropologia e feminismo. Tematicas, Campinas, SP, v. 22, n. 44, p. 113–140, 2014. DOI: 10.20396/tematicas.v22i44.10974. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/tematicas/article/view/10974. Acesso em: 22 jul. 2024.

Resumo

O método comparativo durante muito tempo serviu de base para a discussão metodológica na Antropologia. A partir deste pano de fundo, Marilyn Strathern destacou- se como um nome fundamental no campo teórico e fez de suas etnografias na Melanésia uma chave de comparação e contraposição ao ocidente. Escrevendo no entremeio dos anos de 1980 e entre as críticas epistemológicas pós-modernas que abalaram os alicerces das Ciências Humanas, a antropóloga apoiou-se em um movimento teórico-metodológico que colocou em suspensão não só dados etnográficos, mas também conceitos fundantes da disciplina antropológica. Neste artigo retomamos o percurso metodológico de Marilyn Strathern para evidenciar suas estratégias de análise e os deslocamentos das noções de indivíduo e sociedade que ela provocou ao aproximar a antropologia e o feminismo. Ao mesmo tempo, buscamos colocar em prática seu exercício metodológico e ao trazer Donna Haraway e Judith Butler para o diálogo, buscamos evidenciar como as noções de conexões parciais, hibridismo e criação de ciborgues podem revelar expansões e alargamentos na própria teoria stratherniana. 

https://doi.org/10.20396/tematicas.v22i44.10974
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Referências

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Copyright (c) 2014 Michele Escoura

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