Insurreição, autogoverno e viver sem Estado na Mesoamérica comunalista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20888/ridpher.v8i00.17373

Palavras-chave:

Autonomia, Apoio Mútuo, Insurreição

Resumo

Barbárie, terror de Estado, ecocídio e a reiteração de figuras de fins de mundo vêm consumindo as relações sociais na atualidade, em especial durante a pandemia.  Em contrapartida, este também é um tempo de insurreições e da existência de sociedades comunalistas que se organizam em torno do autogoverno e da autonomia, especialmente no México; isto, é que desprezam as instituições estatais para organizar a vida comunitária. Reiterando que são pensamentos que envolvem humanidades, em que uma não se afirma sobre a outra, o viver sem governo também é horizente do pensamento anarquista; este texto procurar articular escritos de Ricardo Flores Magón, David Graeber e Piotr Kroptkin para pensar em princípios como a autogestão, a autonomia, o apoio mútuo e a livre associação em tempos brutos. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

João Francisco Migliari Branco, Universidade de São Paulo, Brasil

Doutor em Educação pela Faculdade de Educação/USP. Professor do Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação (EDA) da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.

Referências

ANGATU, C. O horizonte da autonomia nas lutas contemporâneas da América Latina (parte II). 2021. Disponível em: https://teiadospovos.org/9-o-horizonte-da-autonomia-nas-lutas-contemporaneas-da-america-latina-parte-ii/. Acesso em: 25 jun. 2022.

AGUILAR, Y. Nosotros sin México: naciones indígenas y autonomía. 2020. Disponível em: https://cultura.nexos.com.mx/?author_name=yasnaya-elena-aguilar-gil. Acesso em: 10 out. 2020.

BERGER, J. Y nuestros rostros, mi vida, breves como fotos. Madrid: Nórdica Libros, 2017.

BARCLAY, H. Gente sin Gobierno. Una antropología de la anarquía. Espanha: Solidaridad Obrera, 1990.

CASTRO, E. V. Posfácio. In: CLASTRES, Pierre. Arqueologia da violência. São Paulo: Cosac Naify, 2011.

ESTEVA, G. Presentación. In: SÁNCHEZ, S. C. Oaxaca: mas allá de la insurrección. Crónica de un movimiento de movimientos (2006-2007). Oaxaca: Basta!, 2009.

ESTEVA, G. Nuevas formas de revolución. In: Cátedra Jorge Alonso. Oaxaca: 2015. Disponível em: http://catedraalonso-ciesas.udg.mx/imagenes/documentos/conferencia_gustavo_esteva.pdf. Acesso em: 28 maio 2022.

GRAEBER, D. Fragmentos de antropologia anarquista. Barcelona: Virus editorial, 2011.

GRAEBER, D; GRUBACIC, A. A atualidade revolucionária do conceito “apoio mútuo” de Piotr Kropotkin. 2020. Disponível em: https://autonomialiteraria.com.br/a-atualidade-revolucionaria-do-conceito-apoio-mutuo-de-piotr-kropotkin/. Acesso em: 28 maio 2022.

INDIGENEOUS ACTION. Repensando o apocalipse: um manifesto anti-futurista indígena. 2020. Disponível em: https://www.glacedicoes.com/post/repensando-o-apocalipse-um-manifesto-anti-futurista-indigena-indigenous-action. Acesso em: 22 maio 2022.

HUIZAR, A. Comunidad, autodeterminación y realidad educativa en Cherán, Michoacán. 2014. Dissertação (Licenciatura em Antropologia Social) - Universidad Autónoma Metropolitana Iztapalapa, México D. F., 2014.

KOPENAWA, D.; ALBERT, B. A queda do céu. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

MALDONADO, B. Comunidad, comunalidad y colonialismo en Oaxaca, México: la nueva educación comunitária y su contexto. 2010. Tese (Doutorado) – Leiden, 2010.

MALDONADO, B. En el indio y lo indio en el anarquismo magonista. In: Ante al centenario de la Revolución Mexicana: Magonismo y vida comunal mesoamericana. Oaxaca: Secretaria de Cultura, 2011.

MALDONADO, B. El México salvaje frente al México bárbaro (Magonismo, comunalidad y resistencia india) 94. In: Magonismo y vida comunal mesoamericana: a 90 años de la muerte de Ricardo Flores Magón. DES - UESA CSEIIO, Oaxaca, 2012.

MAGON, R. F. Antología. 2014. Disponível em: https://issuu.com/kclibertaria/docs/antolog__a__-_ricardo_flores_mag__n/1. Acesso em: 23 maio 2022.

MANZONI, M. Sistemas de Gobierno Comunal Indígena: mujeres y tramas de parentesco en Chuimeq’ena’. Gladys Tzul Tzul, 2018. 2. ed. México: Instituto Amaq’, Bufete para Pueblos Indígenas y Libertad bajo palabra, 2019.

NAHÓN, Abrahan. La escritura del desastre (en Oaxaca). In: Memorial de Agravios. Oaxaca 2006. Oaxaca: Marabu Ediciones, 2008.

RECLUS, E. Prefácio. In: KROPOTKINE, Pedro. A conquista do pão. 3. ed. Lisboa: Guimarães Editores, 1975. Disponível em: https://www.marxists.org/portugues/kropotkin/1892/mes/90.pdf. Acesso em: 29 jun. 2022.

SÁNCHEZ, S. C. Oaxaca: Mas allá de la insurrección. Crónica de un movimiento de movimientos (2006-2007). Oaxaca: Basta!, 2009.

STENGERS. I. O preço do progresso. 2017. Disponível em: https://revistadr.com.br/posts/o-preco-do-progresso-conversa-com-isabelle-stengers/. Acesso em: 08 jun. 2022.

SZYMBORSKA, W. Autonomia. 2015. Disponível em: http://daalmaparaaescrita.blogspot.com/2015/10/autonomia-wislawa-szymborska.html. Acesso em: 17 jun. 2020.

TZUL, G. Sistemas de gobierno comunal indígena: la organización de la reproducción de la vida. 2018.

UFMG, Diálogos pela (re) existência em um mundo comum. Disponível em: https://youtu.be/WzsAGSjVCsQ. Acesso em: 28 jun. 2022.

Downloads

Publicado

2022-12-20

Como Citar

BRANCO, João Francisco Migliari. Insurreição, autogoverno e viver sem Estado na Mesoamérica comunalista. RIDPHE_R Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo, Campinas, SP, v. 8, n. 00, p. e022017, 2022. DOI: 10.20888/ridpher.v8i00.17373. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/ridphe/article/view/17373. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ TEMÁTICO