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O acervo de pintura portuguesa da Escola Nacional de Belas Artes no contexto pedagógico pós “Reforma de 1890”
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Palavras-chave

Pintura portuguesa de fins do século 19 e início do 20
Escola Nacional de Belas Artes (RJ)
Ensino artístico no Brasil

Como Citar

VALLE, Arthur. O acervo de pintura portuguesa da Escola Nacional de Belas Artes no contexto pedagógico pós “Reforma de 1890”. Revista de História da Arte e da Cultura, Campinas, SP, n. 19, p. 117–139, 2021. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/rhac/article/view/15268. Acesso em: 3 maio. 2024.

Resumo

Em novembro de 1890, uma ampla reforma efetivou-se na Academia das Belas Artes do Rio de Janeiro. A instituição foi então renomeada como Escola Nacional de Belas Artes (ENBA), e foram renovados, de maneira significativa, a sua orientação pedagógica e o seu quadro de professores. A partir da chamada “Reforma de 1890”, os responsáveis pela Escola implementaram, entre outras ações, um esforço visando à ampliação e renovação das coleções de obras de arte da instituição. Nesse sentido, foi particularmente bem-sucedido um conjunto de aquisições relacionado à pintura portuguesa de fins do Oitocentos e início do Novecentos: em médio prazo, a ENBA passou a contar com obras de importantes artistas lusitanos, como Antonio Carvalho da Silva Porto, Columbano Bordallo Pinheiro, José Júlio de Souza Pinto ou José Vital Banco Malhoa, — usualmente agrupados sob o rótulo, corrente na historiografia de arte portuguesa, de “naturalistas”. No presente artigo, além de apresentar o processo de constituição desse acervo de pintura portuguesa da ENBA, pretende-se discutir em que medida tal fenômeno pode ser posto em relação com as novas orientações pedagógicas implantadas na Escola, após a “Reforma de 1890”.

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