Banner Portal
O valor dos estudos iconográficos para o conhecimento arqueológico
PDF

Palavras-chave

Código pictórico
Arqueologia cognitiva
Cosmografia

Como Citar

HERING, Cássia Bars. O valor dos estudos iconográficos para o conhecimento arqueológico: a identificação de um código pictórico compartilhado por sociedades do sudoeste dos EUA e da Mesoamérica. Revista de História da Arte e da Cultura, Campinas, SP, v. 1, n. 1, p. 123–147, 2020. DOI: 10.20396/rhac.v1i1.13626. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/rhac/article/view/13626. Acesso em: 24 abr. 2024.

Resumo

Os padrões arqueológicos Anasazi, Mogollon e Casas Grandes floresceram na atual região sudoeste dos EUA entre aproximadamente 500 d.C. e 1500 d.C. Por meio de pesquisas realizadas entre 2010 e 2015, voltadas principalmente à análise da iconografia expressa em suportes cerâmicos, foi verificada a existência de um “código pictórico” em comum, compartilhado pelos diferentes grupos humanos associados a estes padrões. Sendo que foi constatado que este “código” foi amplamente expresso ao longo de extensos territórios, e também mantido por um longo período, foi considerado oportuno verificar também a ocorrência de alguns de seus “símbolos principais” na iconografia produzida em épocas concomitantes por grupos de regiões vizinhas, tais como as áreas norte e central da Mesoamérica.

https://doi.org/10.20396/rhac.v1i1.13626
PDF

Referências

ARCURI, M. et al. Por Ti América: Arte Pré-Colombiana. Rio de Janeiro: Pancron, 2005.

BARRETT, J. Fragments from Antiquity. An Archaeology of Social Life in Britain (2900-1200 BC). Oxford: Blackwell, 1994.

BARS HERING, C. O Dilema das “Fronteiras” Geográficas e Culturais ao Norte da Mesoamérica. Tese (Doutorado em arqueologia) - Programa de Pós-Graduação do Museu de Arqueologia e Etnografia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.

BOONE, E.H.; MIGNOLO, W. D. Writing without words: Alternative Literacies in Mesoamerica and the Andes. Londres: Duke University Press, 1994.

BRAUN, D. P. Why Decorate a Pot? Midwestern Household Pottery, 200 B.C.-A.D.600. Journal of Anthropological Archaeology, n. 10, 1991.

DEBOER, W. The Decorative Burden: Design, Medium and Change. In: LONGACRE, W.A. Ceramic Ethnoarchaeology. Santa Fe, N.M.: School of American Research, 1991.

DEMARCHI, A. Armadilhas, Quimeras e Caminhos: Três Abordagens da Arte na Antropologia Contemporânea. Espaço Ameríndio, v. 3, n. 2, 2009.

DUNNELL, R. C. Classificação em Arqueologia. São Paulo: Edusp, 2007.

ELLIS, F.; HAMMOCK, L. The Inner Sanctum of Feather cave: A Mogollon Sun and Earth Shine Linking Mexico and the Southwest. American Antiquity, v. 33, n. 1, 1968.

ENCISO, J. Design Motifs of Ancient Mexico. New York: Dover P., 1953.

FRACCAROLI, C. A percepção da forma e sua relação com o fenômeno artístico: o problema visto através da Gestalt. São Paulo: Edusp, 1952.

FRAUEL, Y. et. al. Detection of a polymorphic Mesoamerican symbol using a rule-based approach. Pattern Recognition, n. 39, 2006.

GALLOIS, D. T. Arte iconográfica Waiãpi. In: VIDAL, L. (org.). Grafismo Indígena. São Paulo: Edusp, 1992.

GOMES FILHO, J. Gestalt do Objeto. Sistema de Leitura Visual da Forma. São Paulo: 2009.

GOSDEN, C. Making Sense: Archaeology and Aesthetics. World Archaeology, v. 33, n. 2, 2001.

HARDIN, M. A.; MILLS, B. J. The Social and Historical Context of Short-Term Stylistic Replacement: A Zuni Case Study. Journal of Archaeological Method and Theory, v. 7, n. 3, 2000.

HENDRICKSON, M. J. Design Analysis of Chihuahuan Polychrome Jars From North American Museum Collections. Tese (Doutorado em Arqueologia) - Faculty of Graduate Studies, Calgary, Alberta, 2000.

HODDER, I. et al (eds.). Interpreting Archaeology: Finding Meaning in the Past. Londres: Routledge, 1995.

JOHANSSON, P. K. Mitología, Mitografía y Mitokinesia. Una Secuencia Narrativa de la Peregrinación de los Aztecas. Estudios de Cultura Náhuatl, n. 39, 2008.

LAGROU, E. M. Antropologia e Arte: uma relação de amor e ódio. Ilha, v. 5, n. 2, dez. 2003.

LAGROU, E. M. A fluidez da forma: arte, alteridade e agência em uma sociedade amazônica. Rio de Janeiro: Topbooks, 2007.

LAGROU, E. M. Arte ou artefato? Agência e significado nas artes indígenas. Revista Proa, v. 1, n. 2, 2010.

LANGDOM, J. A cultura Siona e a experiência alucinógena. In: VIDAL, L. (org.). Grafismo Indígena. São Paulo: Edusp, 1992.

LO, Lawrence. Mesoamerican Writing Systems. In: Ancient Scripts. Disponível em: http://www.ancientscripts.com/ma_ws.html. Acesso em: 27 out. 2011.

LÓPEZ AUSTIN, A. Ligas Entre el Mito y el Ícono en el Pensamiento Cosmológico Mesoamericano. An. Antrop., n. 43, 2009.

MARCUS, J. The Origins of Mesoamerican Writing. Annual Review of Anthropology, v. 5, 1976.

MARCUS, J. Mesoamerican Writing Systems. Propaganda, Myth and History in Four Ancient Civilizations. New Jersey: Princeton Un. Press, 1992.

MATHIOWETZ, M. The Diurnal Path of the Sun: Ideology and Interregional Interaction in Ancient Northwest Mesoamerica and the American Southwest. Tese (Doutorado em Arqueologia) - University of California Riverside, 2011.

MERA, H. P. The “Rain Bird”: A Study of Pueblo Design, Memoir, School of American Research, v. 2, Santa Fe, 1937.

MITHEN, S. The Prehistory of the Mind: The Cognitive Origins of Art, Religion and Science. Cambridge: Cambridge University Press, 1996.

MÜLLER, R. P. Tayngava, a noção de representação na arte gráfica Assurini do Xingu. In: VIDAL, L. (org.). Grafismo Indígena. São Paulo: Edusp, 1992.

MUNN, N.D. Walbiri iconography: graphic representation and cultural symbolism In a Central Australian society. New York: Cornell Univ. Press, 1973.

NEILL, C. Intersocietal Interaction on the Northwest Mesoamerican Frontier. Dissertação (Mestrado em Arqueologia) - McMaster University, 1998.

OLIVEIRA, A. C. (org.). Semiótica Plástica. São Paulo: Hacker Editores, 2004.

PARSONS, E. C. Pueblo Indian Religion. Chicago: University of Chicago Press, 1939, v. II.

PLOG, S. Stylistic variation in prehistoric ceramics: design analysis in the American Southwest. Cambridge: Cambridge University Press, 1980.

QUESADA GARCÍA, O. Tres signos: escritura antigua de Mesoamérica. México, D.F.: Universidad Nacional Autónoma de México, 2006.

RENFREW, C. Symbol before Concept – Material Engagement and the Early Development of Society. In: HODDER, I. Archaeological Theory Today. Cambridge: Polity Press, 2001.

RENFREW, C. Towards a Cognitive Archaeology. In: RENFREW, C.; ZUBROW, E. B. W. The Ancient Mind: Elements of Cognitive Archeology. Cambridge: Cambridge University Press, 1994.

RENFREW, C.; BAHN, P. Archaeology: theories, methods and practice. 5ª ed. Londres: Thames & Hudson LTD, 2008.

RILEY, C. L. Becoming Aztlan: Mesoamerican Influences in the Greater Southwest, AD 1200-1500. Salt Lake City: University of Utah Press, 2005.

SCHAAFSMA, P. Warrior, Shield, and Star: Imagery and Ideology of Pueblo Warfare. Santa Fe: Western Edge Press, 2000.

TAUBE, K.; HOUSTON, S. An Archaeology of the Senses: Perception and Cultural Expression in Ancient Mesoamerica. Cambridge Archaeological Journal, v. 10, 2000.

THOMAS, J. Time, Culture and Identity. Londres: Routledge, 1996.

TILLEY, C. (ed.). Interpretative Archaeology. Oxford: Berg, 1993.

VIALOU, D.; VILHENA VIALOU, A. Art Rupestre, Habitats et Territoires au Brésil. In: El arte prehistórico desde los Inicios del siglo XXI. Primer Symposium Internacional de Arte Prehistórico de Ribadesella, Espanha, 2003.

VIDAL, L.; SILVA, A.L. Antropologia estética: enfoques teóricos e contribuições metodológicas. In: VIDAL, L. (org.). Grafismo Indígena. São Paulo: Edusp, 1992.

WASHBURN, D.; CROWE, D. The Symmetry Comes of Age: role of pattern in culture. University of Washington Press, Seattle, 2004.

ZUBROW, E. B. W. Cognitive Archaeology Reconsidered. In: RENFREW, C.; ZUBROW, E. B. W. The Ancient Mind: Elements of Cognitive Archeology. Cambridge: Cambridge University Press, 1994.

ZUBROW, E. B. W. Knowledge Representation and Archaeology: a Cognitive Example Using GIS. In: RENFREW, C.; ZUBROW, E. B. W. The Ancient Mind: Elements of Cognitive Archeology. Cambridge: Cambridge University Press, 1994.



O conteúdo submetido é de responsabilidade do autor. A RHAC não é responsável por quebras de Direitos Autorais feitas por seus colaboradores. Cabe aos autores obter por escrito a permissão de uso de qualquer material protegido. A simples remessa de originais implica a autorização para publicá-los. Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação. A RHAC trabalha sob Licença Creative Commons CC-BY.

Atribuição (BY):  licenciados podem copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, apresentando os devidos créditos aos autores ou licenciadores, na maneira especificada por estes.

Downloads

Não há dados estatísticos.