Banner Portal
A inviabilidade da agricultura familiar e o subemprego estrutural
PDF

Palavras-chave

Agricultura familiar
Subemprego estrutural
Subdesenvolvimento – Brasil

Como Citar

Lobo, V. G. (2024). A inviabilidade da agricultura familiar e o subemprego estrutural. RBEST Revista Brasileira De Economia Social E Do Trabalho, 6(00), e024004. https://doi.org/10.20396/rbest.v6i00.18297

Resumo

Na história do Brasil tem sido recorrente a inviabilização do regime familiar autônomo de produção rural. E a reprodução da pobreza, do subemprego e do subdesenvolvimento está intimamente conectada com isso. Entre as circunstâncias particulares que marcaram (e ainda marcam) o desenvolvimento capitalista brasileiro, poucas foram tão centrais e decisivas quanto aquelas que sistematicamente inviabilizaram a agricultura familiar. Nosso objetivo, neste artigo, é expor essas circunstâncias, que tornaram economicamente inviável a agricultura familiar, e analisar como essa inviabilidade contribuiu para a reprodução do subemprego estrutural e, consequentemente, do subdesenvolvimento.

https://doi.org/10.20396/rbest.v6i00.18297
PDF

Referências

Andrade, M. C. A. (1973). A terra e o homem no Nordeste. Brasiliense.

Barreira, C. (1992). Trilhos e atalhos do poder: conflitos sociais no sertão. Rio Fundo.

Bastos, E. R. (1984). As ligas camponesas. Vozes.

Bielschowsky, R. (1998). Pensamento econômico brasileiro. Contraponto.

Boianovsky, M. (2010). A view from the tropics: Celso Furtado and the theory of economic development in the 1950s. History of Political Economy, 42(1), 221–266. https://doi.org/10.1215/00182702-2010-002

Buainain, A. M., Alves, E., Silveira, J. M., & Navarro, Z. (Eds.) (2014). O mundo rural no Brasil do século 21: a formação de um novo padrão agrário e agrícola. Embrapa.

Cerqueira, D., Mello, J. et al. (2020). Atlas da violência no campo no Brasil: condicionantes socioeconômicos e territoriais. IPEA. https://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/10129

Cerqueira, D., Ferreira, H., Bueno, S. et al. (2021). Atlas da violência no campo no Brasil: condicionantes socioeconômicos e territoriais. Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP); Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2021/12/atlas-violencia-2021-v7.pdf

Esterci, N. (2008). Conflito no Araguaia: peões e posseiros contra a grande empresa. Centro Edelstein de Pesquisas Sociais.

Furtado, C. (1968a). Subdesenvolvimento e estagnação na América Latina. Civilização Brasileira.

Furtado, C. (1968b). Um projeto para o Brasil. Saga.

Furtado, C. (1972). Análise do modelo brasileiro. Civilização Brasileira.

Furtado, C. (1983). Teoria e política do desenvolvimento. Abril Cultural.

Furtado, C. (2008). Economia do desenvolvimento. Contraponto.

Furtado, C. (2013). Elementos de uma teoria do subdesenvolvimento. In R. Freire D’Aguiar (Org.), Essencial Celso Furtado (pp. 113-140). Penguin & Companhia das Letras.

Garcia, J. R. (2014). Trabalho rural: tendências em face das transformações em curso. In A. M. Buainain, E. Alves, J. M. Silveira & Z. Navarro (Eds.), O mundo rural no Brasil do século 21: a formação de um novo padrão agrário e agrícola (pp. 559-590). Embrapa.

Helfand, S. M., Pereira, L. V., & Soares, W. L. (2014). Pequenos e médios produtores na agricultura brasileira: situação atual e perspectivas. In A. M. Buainain, E. Alves, J. M. Silveira & Z. Navarro (Eds.), O mundo rural no Brasil do século 21: a formação de um novo padrão agrário e agrícola (pp. 217-228). Embrapa.

Ianni, O. (1975). A formação do Estado Populista na América Latina. Civilização Brasileira.

Julião, F. (1962). Que são as ligas camponesas? Civilização Brasileira.

Justo, M. G. (2002). Capim na fresta do asfalto: conflito agrário violento e justiça. Fapesp.

Leite, M. L. S. (2021). Políticas públicas, agricultura familiar e sustentabilidade. CLAEC.

Lobo, V., & Anze, V. (2017). O primeiro governo Dilma e a retração do Lulismo. Cadernos do Desenvolvimento, 12(20), 61–97. http://www.cadernosdodesenvolvimento.org.br/ojs-2.4.8/index.php/cdes/article/download/30/pdf

Lobo, V., & Pateo, F. (2021). A era Lula, Celso Furtado e a economia política do crescimento com inclusão social. Revista Brasileira de Economia Social e do Trabalho, 3(00), e021005. https://doi.org/10.20396/rbest.v3i00.13792

Lopes, J. S., & Santos, R. W. P. (2020). Conflitos e violências no campo brasileiro: um panorama dos últimos anos. Geografia: Publicações Avulsas, 2(2), 104–119. https://revistas.ufpi.br/index.php/geografia/article/download/11998/7759

Maia, A. G., & Sakamoto, C. S. (2014). A nova configuração do mercado de trabalho agrícola brasileiro, de Gori Maia de Sakamoto (2014) In A. M. Buainain, E. Alves, J. M. Silveira, & Z. Navarro (Eds.), O mundo rural no Brasil do século 21: a formação de um novo padrão agrário e agrícola (pp. 591-620). Embrapa.

Marini, R. M. (2000). Dialética da dependência. Vozes.

Marx, K. (2011). Grundrisse. Boitempo.

Medeiros, L. S. (1996). Dimensões políticas da violência no campo. Tempo, 1, 126–141.

Moura, M. (1988). Deserdados da terra: a lógica costumeira e judicial dos processos de expulsão e invasão da terra camponesa no sertão de Minas Gerais. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

Navarro, Z. (2014). Porque não houve (e nunca haverá) reforma agrária no Brasil? In A. M. Buainain, E. Alves, J. M. Silveira, & Z. Navarro (Eds.), O mundo rural no Brasil do século 21: a formação de um novo padrão agrário e agrícola (pp. 695-724). Embrapa.

Novaes, R. (1997). De corpo e alma: catolicismo, classes sociais e conflitos no campo. Graphic.

Oliveira, F. de (1978). Elegia para uma re(li)gião. Paz e Terra.

Oliveira, F. de (2003). Crítica à razão dualista/O ornitorrinco. Boitempo.

Perosa, E. (1992). A violência no campo e a luta pela posse da terra no vale do Parnaíba. A violência no campo e a luta pela posse da terra no vale do Ribeira, São Paulo. Revista Reforma Agrária, 22(1), 26.

Sakamoto, L. (Org.) (2020). Escravidão contemporânea. Contexto.

Santana, C. A. M., Buainain, A. M., Silva, F. P., Garcia, J. R., & Loyola, P. (2014). Política agrícola: avanços e retrocessos ao longo de uma trajetória positiva. In A. M. Buainain, E. Alves, J. M. Silveira & Z. Navarro (Eds.), O mundo rural no Brasil do século 21: a formação de um novo padrão agrário e agrícola (pp. 795-825). Embrapa.

Sigaud, L. (1979). Os clandestinos e os direitos: estudo sobre os trabalhadores de cana-de-açúcar em Pernambuco. Livraria Duas Cidades.

Prado Junior, C. (1979a). A questão agrária. Brasiliense.

Prado Junior, C. (1979b). A revolução brasileira. Brasiliense.

Prado Junior, C. (2006). História econômica do Brasil. Brasiliense.

Reydon, P. B. P. (2014). Governança de terras e a questão agrária no Brasil. In A. M. Buainain, E. Alves, J. M. Silveira & Z. Navarro (Eds.), O mundo rural no Brasil do século 21: a formação de um novo padrão agrário e agrícola (pp. 725-759). Embrapa.

Rodrigues, L. L. M. (2012). Disputas Territoriais e Justiça: um olhar sobre a violência no campo paraibano. (Dissertação, Mestrado em Geografia). Universidade Federal de Sergipe. https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/5485

Valadares, M. G., Oliveira, T., Galiza, M. (2017). A reforma trabalhista e o trabalho no campo. Boletim de Mercado de Trabalho, IPEA, 63, 96–106. https://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/8131

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Vinicius Gomes Lobo

Downloads

Não há dados estatísticos.