Estrutura e dinâmica do mercado de trabalho em Alagoas: Uma análise à luz das desigualdades territoriais

Resumo

Este artigo tem por objetivo analisar o mercado de trabalho em Alagoas (2012-2020) e sua influência sobre a pobreza estrutural, ressaltando as desigualdades territoriais como elemento estruturante das desigualdades sociais e econômicas no país. Além da pesquisa bibliográfica, o método de investigação está assentado no cruzamento de indicadores do trabalho com dados de estrutura produtiva, destacando: composição setorial do PIB, participação no PIB nacional, balança comercial externa, balança comercial interestadual e política estadual de incentivo fiscal. Em 2021, Alagoas assumiu a terceira pior posição entre as 27 unidades federativas no que tange ao percentual da população em situação de pobreza. As taxas de informalidade, desocupação e desalento têm ficado permanentemente muito acima da média nacional. Ademais, 70% dos empregos formais oferecem rendimento mensal até dois salários mínimos. A incapacidade de gerar oportunidades de ocupação em condições dignas de trabalho para o conjunto da população explica, em boa medida, a perda de participação demográfica entre 2010 e 2022.