Palavras-chave
Informalidade
Desindustrialização
Como Citar
Resumo
O objetivo do artigo é avaliar a dinâmica do mercado de trabalho catarinense em uma perspectiva comparativa com a região Sul e com o Brasil. Os resultados mostram que a deterioração do mercado de trabalho no estado não foi tão intensa como no restante do país, mas pode ser identificada pelo aumento da proporção de trabalhadores na informalidade, inclusive entre os mais escolarizados, pela estagnação dos rendimentos do trabalho e pelo aumento da desocupação e da subocupação por insuficiência de horas trabalhadas. Além disso, há importantes diferenças entre homens e mulheres no mercado de trabalho regional. Ao mesmo tempo, o cenário da desindustrialização parece ser menos intenso no estado, em comparação com a região Sul e com o conjunto do país, o que fica evidenciado na manutenção da participação do setor industrial no valor adicionado, no emprego formal e nas exportações de Santa Catarina.
Referências
Amaral, T. P., & Sanson, J. R. (2008). Uma revisão das principais interpretações sobre o desenvolvimento catarinense à luz da teoria institucionalista e das dotações de fatores. [Texto para Discussão, n. 7/2008], Centro Sócio-Econômico, Universidade Federal de Santa Catarina. https://cnm.paginas.ufsc.br/files/2013/08/Thiago-e-Sanson-07-08.pdf
Amadeo, E. J., Scandiuzzi, J. C., & Pero, V. (1996). Ajuste empresarial, empregos e terceirização. Brazilian Journal of Political Economy, 16(1), 20–37. https://doi.org/10.1590/0101-31571996-0854
Arend, M., Bittencourt, P. F., Führ, J., & Giovanini, A. (2019). Desenvolvimento e desequilíbrio regional na economia catarinense: indústria e serviços no período recente. In S. A. F. Cario et al. (Orgs.), Características econômicas e sociais de Santa Catarina no limiar do século XXI (pp. 20-39). UNESC. http://repositorio.unesc.net/handle/1/7663
Baltar, P. (2015). Crescimento da economia e mercado de trabalho no Brasil. [Texto para Discussão, n. 2036], Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/3596/1/td_2036.pdf
Espíndola, C. J. (2020). Configurações socioespaciais das estruturas produtivas catarinenses pós-2000. Entrelugar, 11(21), 159–182. https://doi.org/10.30612/el.v11i21.12054
Goularti, J. G. (2015). Um decênio das Secretarias de Desenvolvimento Regional em Santa Catarina: o que mudou? Desenvolvimento em Questão, 13(29), 33–56. https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/desenvolvimentoemquestao/article/view/3083/3546
Goularti Filho, A. (2003). Formação econômica de Santa Catarina. Anais do V Congresso Brasileiro de História Econômica e 6a. Conferência Internacional da ABPHE. Caxambu, 2003. https://www.abphe.org.br/arquivos/2003_alcides_goularti_filho_formacao-economica-de-santa-catarina.pdf
Kertzer, J., & Cário, S. A. F. (2022). Potencial de crescimento industrial dos setores de especialização produtiva local do estado de Santa Catarina. Textos de Economia, 25(1), 01–28. https://doi.org/10.5007/2175-8085.2022.e84263
Krein, A. E. (2017). Relações formais e informais de trabalho nos governos Lula e Dilma por uma perspectiva de gênero e raça. (Dissertação, Mestrado em Ciência Política), Universidade Estadual de Campinas. https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/995954
Lúcio, C. G., & Duca, F. M. F. (2016). Crise econômica e mercado de trabalho no Brasil. Carta Social e do Trabalho, (33), 1–16. https://www.cesit.net.br/wp-content/uploads/2016/11/Carta-Social-e-do-Trabalho-33.pdf
Mattei, L. (2016). Mudanças recentes na política de descentralização do estado em Santa Catarina. Revista Política e Planejamento Regional, 3(2), 243–262. https://www.revistappr.com.br/artigos/publicados/artigo-mudancas-recentes-na-politica-de-descentralizacao-do-estado-de-santa-catarina.pdf
Mattei, L., & Heinen, V. L. (2021). Evolução da distribuição do mercado formal de trabalho nas mesorregiões de Santa Catarina entre 2001 e 2018. Geosul, 36(78), 230–253. https://doi.org/10.5007/2177-5230.2021.e74692
Marini, R. M. (2015). América Latina, dependencia y globalización (Colección Antologías del Pensamiento Social Latinoamericano y Caribeño, Antología por C. E. Martins). CLACSO. https://www.clacso.org.ar/antologias/detalle.php?id_libro=1034
Nogueira, M. O., & Carvalho, S. S. (2021). Trabalho precário e informalidade: desprecarizando suas relações conceituais e esquemas analíticos. [Texto para Discussão, n. 2707], Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/10948/1/td_2707.pdf
Silva, J. A. (2019). A desindustrialização na região Sul. Cadernos Metrópole, 21(45), 531–550. https://revistas.pucsp.br/index.php/metropole/article/view/2236-9996.2019-4508
Theis, I. M., Butzke, L., Rischbieter, I. L. K., Linder, M. C., & Vargas, D. B. (2011). O cavalo de Troia e sua barriga verde: planejamento regional e desigualdades socioespaciais em Santa Catarina. Revista Paranaense de Desenvolvimento, (120), 39–56. https://ipardes.emnuvens.com.br/revistaparanaense/article/view/345
Torres, R. L., & Cavaliere, H. (2015). Uma crítica aos indicadores usuais de desindustrialização no Brasil. Revista Brasileira de Economia Política, 35(4), 859–877. https://doi.org/10.1590/0101-31572015v35n04a10
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Copyright (c) 2023 Angela Welters
