Currículos mais musicais
Uma foto de pés descalços com adornos de conchas nos tornozelos em meio a areia, com a marca da revista exibida na parte inferior central da imagem.
PDF

Palavras-chave

Música
Decolonialidade
Indígenas
Escola
Universidade

Como Citar

HERBETTA, Alexandre. Currículos mais musicais: considerações sobre transformações em matrizes curriculares indígenas, escolares e universitárias. Proa: Revista de Antropologia e Arte, Campinas, SP, v. 10, n. 1, p. 200–220, 2020. DOI: 10.20396/proa.v10i1.17612. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/proa/article/view/17612. Acesso em: 5 maio. 2024.

Resumo

Este texto busca refletir sobre o potencial presente em musicalidades indígenas enquanto práticas pedagógicas contra-hegemônicas, as quais vão de encontro à colonialidade do ser, do poder e do saber, observada muitas vezes em instituições escolares indígenas e, também, na universidade. Desta forma, especificamente, busca-se descrever dois processos de transformação curricular nos quais a música atua enquanto possibilidade de prática decolonial e em contraposição à imposição de uma matriz eurocêntrica de conhecimento. Um destes processos se dá em escolas indígenas que participam do projeto do Núcleo Takinahaky da Universidade Federal de Goiás, o outro se dá no próprio currículo do Curso de Licenciatura em Educação Intercultural vinculado ao mesmo núcleo.

https://doi.org/10.20396/proa.v10i1.17612
PDF

Referências

BIANCHI, Carlos Abs da Cruz; et al. Projeto Pedagógico de Curso Licenciatura em Educação Intercultural. Núcleo Takinahaky de Formação Superior Indígena. Universidade Federal de Goiás, 2019.

CHILISA, Bagele. Indigenous Research Methodology. Califórnia: SAGE, 2012.

HERBETTA, Alexandre. ENTRE A CANTORIA E A SALA DE AULA: A MÚSICA COMO PEDAGOGIA. In: POCUTO, Tais; et al. Pahte mẽ amjĩ ton xà itajê cunẽa, nẽ rỳ ipinkrên nare, kôt cu pahtyj mẽ to ihtỳj, mẽ pah cunẽa jakry xà caxuw: subsídios à prática pedagógica musical e decolonial a partir de experiências escolares Krahô / Taís Põcuhtô; Juliana TêrkwỲj; Leonardo Tupên (Org.). [et al.]. – Goiânia: Editora da Imprensa Universitária, 2017.

HUHTE, Gregorio. Apresentação. In: POCUTO, Tais; et al. Pahte mẽ amjĩ ton xà itajê cunẽa, nẽ rỳ ipinkrên nare, kôt cu pahtyj mẽ to ihtỳj, mẽ pah cunẽa jakry xà caxuw: subsídios à prá-tica pedagógica musical e decolonial a partir de experiências escolares Krahô / Taís Põcuhtô; Juliana Têrkwỳj; Leonardo Tupẽn (Org.). [et al.]. – Goiânia: Editora da Imprensa Universitária, 2017.

HUHTE, Gregório. Formas exatas de ser Krahô: a relação entre a música e a matemática. Co-municação oral. Palestra apresentada ao NTFSI/UFG. Seminários de Sábado, 2014.

KALARI JAVAÉ, MARCO. A Origem das Músicas do Povo Iny Javaé. Projeto Extraescolar. Núcleo Takinahaky de Formação Superior Indígena. Curso de Licenciatura Intercultural Indígena da Universidade Federal de Goiás, 2014.

KAMER, Julio. Sustentabilidade: entre cantos e queimadas no território Apinajé. Projeto Ex-traescolar apresentado ao NTFSI/UFG, 2013.

KAMER, Julio; HERBETTA, Alexandre. CANTOS FILOSÓFICOS E A POSSIBILIDADE DE UMA PLURIVERSIDADE. Revista Articulando e Construindo Saberes, Goiânia, v. 3, n.1, p. 55-62, 2018.

KERR, Clark. The uses of the university. Cambridge: Harvard University Press, 1982.

LANDER, Edgardo. Ciências sociais: saberes coloniais e eurocêntricos. En: A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Edgardo Lander (Org.). Colección Sur Sur, CLACSO, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina. setembro 2005. p.21-53.

LOURENÇO, Sonia. A dança dos Aruanãs: mito, rito e música entre os Javaé Sonia Regina Lourenço (UFSC). Revista Sociedade e Cultura, v. 11, n. 2, jul./dez. 2008.

MALDONADO TORRES, Nelson. Transdisciplinaridade e decolonialidade Revista Sociedade e Estado – v. 31, n.1, jan./abr. 2016.

MENEZES BASTOS, Rafael José de.. “Música nas Sociedades Indígenas das Terras Baixas da América do Sul: Estado da Arte”. Mana, 13(2), 2007, p.293-316.

MUNDURUKU, Daniel. A escrita e a autoria fortalecendo a identidade. [s.d.]. Disponível em: https://pib.socioambiental.org/pt/A_escrita_e_a_autoria_fortalecendo_a_identidade. Acesso em: 30 dez. 2019.

PECHINCHA, Mônica Tereza Soares. . Performance e educação: uma reflexão de professores Krahô sobre a incorporação de ritos e cantos na prática da educação escolar indígena. Revista Inter Ação, 41(2), 2006, p. 373-398.

PIMENTEL DA SILVA Maria do Socorro; BORGES Mônica Veloso. (Org.). Educação intercultural: experiências e desafios políticos pedagógicos. 1ªed. Goiânia: Editora da UFG, 2013.

PIMENTEL, Maria do Socorro; et al. Projeto Político Pedagógico. Núcleo Takinahaky de For-mação Superior Indígena. Universidade Federal de Goiás, 2006.

POCUHTO, Tais; et al. Mẽ pahte amji ton xà nẽ ry ipinkrên nare, kôt cu pahtyj me to ihtyj: práticas pedagógicas decoloniais e musicais na Escola 19 de abril da Aldeia Manoel Alves Pequeno. In: POCUTO, Tais; et al. Pahte mẽ amjĩ ton xà itajê cunẽa, nẽ rỳ ipinkrên nare, kôt cu pahtyj mẽ to ihtỳj, mẽ pah cunẽa jakry xà caxuw: subsídios à prática pedagógica musical e decolonial a partir de experiências escolares Krahô / Taís Põcuhtô; Juliana Têrkwỳj; Leonardo Tupẽn (Org.). [et al.]. – Goiânia: Editora da Imprensa Universitária, 2017.

POLINO, Jonas Gavião. Projeto Político Pedagógico da TI Governador. Núcleo Takinahaky de Formação Superior Indígena. Especialização em Educação Intercultural e Transdisciplinar: gestão pedagógica, 2015.

PRUMKWYJ Creuza. CUHTOJ. Em: POCUTO, Tais; et al. Pahte mẽ amjĩ ton xà itajê cunẽa, nẽ rỳ ipinkrên nare, kôt cu pahtyj mẽ to ihtỳj, mẽ pah cunẽa jakry xà caxuw: subsídios à prá-tica pedagógica musical e decolonial a partir de experiências escolares Krahô / Taís Põcuhtô; Juliana Têrkwỳj; Leonardo Tupẽn (Org.). [et al.]. – Goiânia: Editora da Imprensa Universitária, 2017.

RAPPAPORT, J. “Más allá de la escritura. La epistemología de la etnografía em colaboración”, Revista Colombiana de Antropología, 43, p. 197-229, 2007.

SARTORELLO, Stefano Claudio. La co-teorización intercultural de un modelo curricular en Chiapas, México, Revista Mexicana de Investigación Educativa. RMIE, v. 19, n. 60, p. 73-101, 2014.

WALLERSTEIN, Immanuel. Para abrir as ciências sociais. Relatório da Comissão Gulbenkian sobre a reestruturação das Ciências Sociais Comissão Gulbenkian. Portugal: Publicações Euro América, 1996.

WALSH, Catherine. Pedagogia decoloniales. Practicas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Tomo I, Serie Pensamiento Decolonial: Abya Yala, 2013.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2020 Alexandre Ferraz Herbetta

Downloads

Não há dados estatísticos.