Resumen
El artículo se propone presentar posibles caminos metodológicos para el análisis de la música popular grabada, teniendo en cuenta su carácter transdisciplinario. Partiremos de la noción de “audioarte de estudio”, propuesta por Turino (2008), y del concepto de “música montable”, trabajado por Molina (2017), pensando en posibles aproximaciones teóricas y metodológicas entre estos autores. Además, partimos de una noción de materialismo histórico y una comprensión discursiva de la materialidad musical (MARX, 2011; ALTHUSSER, 1970; ORLANDI, 2001). Así, consideramos las condiciones materiales e históricas de producción de un fonograma como interferencia necesaria en la producción de sentido de una sonoridad. Finalmente, plantearemos caminos que pueden ser adoptados en análisis que se propongan delinear el sonido de un fonograma en un sentido amplio y multifacético, ejemplificando tal propuesta analítica del disco Minas (1975), de Milton Nascimento, entendido aquí como una obra resultante del Clube da Esquina.
Citas
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