Banner Portal
Between samba steps and dictatorial beat
PDF (Português (Brasil))

Keywords

Dance of meanings
Popular music
“Estado Novo”
Censorship
Dissonant voices

How to Cite

PARANHOS, Adalberto. Between samba steps and dictatorial beat: fissures and censorship in “Estado Novo” times. Música Popular em Revista, Campinas, SP, v. 8, n. 00, p. e021008, 2021. DOI: 10.20396/muspop.v8i00.15902. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/muspop/article/view/15902. Acesso em: 22 jul. 2024.

Abstract

The same song, based on the lyrics and music binomial, allows for different readings associated with various constellations of meaning. It is not an inert object, frozen in time and space, crystallized to the point of being impervious to meaning fluctuations and migrations. According to vocal, instrumental and visual performances that inform and form songs, these can, under certain circumstances, come to mean something their writers had not even imagined, thus configuring a dance of meanings. This also applies to the analysis of specific historical realities. The same object -in this case, the intertwining of "Estado Novo" and popular music- can be understood under different analytical lights, depending, to a great extent, on the theoretical contributions and research methods that we hold on to as anchors in carrying out our research. From this perspective, monological habits are by no means reliable compasses when we seek to account for the dialectical character of political relations and musical artifacts. That is what this text is about, as it walks once more the much trodden ground of the Estado Novo dictatorship to surprise the existence of discursive practices that call into question certain traditional assumptions of the widely disseminated historiography about that period. After all, in addition to collecting silences and/or confining themselves to the role of echo chambers of the "State-uttered word," other voices, discordant or dissonant, also made themselves heard at that time despite the censorship that weighed on them, stifling them.

https://doi.org/10.20396/muspop.v8i00.15902
PDF (Português (Brasil))

References

ABRE A PORTA. Intérprete: Linda Batista. Compositores: Raul Marques e César Brasil. [S. l.]: Odeon, 1940. 78rpm.

ACABOU A SOPA. Intérprete: Ciro Monteiro. Compositores: Geraldo Pereira e Augusto Garcez. [S. l.]: Victor, 1940. 78 rpm.

AMARAL, Azevedo. Getúlio Vargas, estadista. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1941.

BAKHTIN, Mikhail. Problemas da poética de Dostoiévski. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1981.

BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito da história. In: BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1985. p. 222-232.

BOURDIEU, Pierre. A identidade e a representação: elementos para a reflexão crítica sobre a ideia de região. In: BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. 5. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002. p. 107-132.

BOURDIEU, Pierre. A leitura: uma prática cultural: debate entre Pierre Bourdieu e Roger Chartier. In: CHARTIER, Roger (org.). Práticas da leitura. 2. ed. São Paulo: Estação Liberdade, 2001. p. 229-253.

BOURDIEU, Pierre. Le mort saisit le vif. As relações entre a história reificada e a história incorporada. In: BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. 5. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002. p. 75-106.

BRASIL! Intérpretes: Francisco Alves e Dalva de Oliveira. Compositores: Benedito Lacerda e Aldo Cabral. [S. l.]: Columbia, 1939. 78 rpm.

BUARQUE, Chico. Ópera do malandro: comédia musical. São Paulo: Livraria Cultura, 1978.

BURKE, Peter. Cultura popular na Idade Moderna: Europa, 1500-1800. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

CABRAL, Sérgio. Getúlio Vargas e a música popular brasileira. Ensaios de Opinião, Rio de Janeiro, v. 3, n. 2 + 1, p. 36-41, 1975.

CARNEIRO, Maria Luiza Tucci. O Estado Novo, o Dops e a ideologia da segurança nacional. In: PANDOLFI, Dulce (org.). Repensando o Estado Novo. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1999. p. 327-340.

CAULFIELD, Sueann. Em defesa da honra: moralidade, modernidade e nação no Rio de Janeiro (1918-1940). Campinas: Editora da Unicamp, 2000.

CERTEAU, Michel de; GIARD, Luce. Uma ciência prática do singular. In: CERTEAU, Michel de; GIARD, Luce; MAYOL, Pierre. A invenção do cotidiano: morar, cozinhar. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2000. p. 335-342. v. 2.

DARNTON, Robert, O grande massacre dos gatos: e outros episódios da história cultural francesa. 4. ed. Rio de Janeiro: Graal, 2001.

ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Rio de Janeiro: Vitória, 1960.

ESCOLA DE MALANDRO. Intérpretes: Noel Rosa e Ismael Silva. Compositores: Noel Rosa, Ismael Silva e Orlando Luiz Machado. [S. l.]: Odeon, 1932. 78 rpm.

FAZ UM HOMEM ENLOUQUECER. Intérprete: Ciro Monteiro. Compositores: Wilson Batista e Ataulfo Alves. [S. l.]: Victor, 1942. 78 rpm.

GOULART, Silvana. Sob a verdade oficial: ideologia, propaganda e censura no Estado Novo. São Paulo: Marco Zero: CNPq, 1990.

GRAMSCI, Antonio. Cadernos do cárcere: os intelectuais. O princípio educativo. Jornalismo. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. v. 2

JÁ QUE ESTÁ DEIXA FICAR. Intérprete: Anjos do Inferno. Compositor: Assis Valente. [S. l.]: Columbia, 1941. 78 rpm.

LOUCA PELA BOEMIA. Intérprete: Gilberto Alves. Compositores: Bide e Marçal. [S. l.]: Odeon, 1941.

LÖWY, Michael. “A contrapelo”: a concepção dialética da cultura – as teses de Walter Benjamin (1940). Lutas Sociais, São Paulo, n. 25/26, p. 20-28, 2. sem. 2010/ 1. sem. 2011. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/ls/article/view/18578. Acesso em: 15 mar. 2021.

MADALENA. Intérprete: Anjos do Inferno. Compositores: Bide e Marçal. [S. l.]: Columbia, 1942.

MARCONDES FILHO. A senhora do lar proletário (palestra irradiada em 1942 na “Hora do Brasil”). In: MARCONDES FILHO. Trabalhadores do Brasil! Rio de Janeiro: Revista Judiciária, 1943. p. 55-55.

MARCONDES FILHO. Discurso na solenidade de fundação da Legião Brasileira de Assistência. Boletim do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, Rio de Janeiro, n. 98, out. 1942.

MIDDLETON. Richard. Studying popular music. Philadelphia: Open University Press, 1990.

NÃO QUERO CONSELHO. Intérpretes: Carmen Costa e Henricão. Compositores: Príncipe Pretinho e Constantino Silva. [S. l.]: Columbia, 1940. 78 rpm.

O AMOR REGENERA O MALANDRO. Intérpretes: Joel e Gaúcho. Compositor: Sebastião Figueiredo. [S. l.]: Columbia, 1940. 78 rpm.

O MALANDRO N. 2 (“Die Moritat von Mackie Messer”). Intérprete: João Nogueira. Compositores: Kurt Weill e Bertolt Brecht, adaptação de Chico Buarque. In: ÓPERA DO MALANDRO DE CHICO BUARQUE. [S. l.]: Philips, 1979. 2 LPs, faixa 17.

OH! SEU OSCAR. Intérprete: Ciro Monteiro. Compositores: Ataulfo Alves e Wilson Batista. [S. l.]: Victor, 1939. 78 rpm.

PARANHOS, Adalberto. A música popular e a dança dos sentidos: distintas faces do mesmo. ArtCultura, Uberlândia, n. 9, p. 22-31, jul./dez. 2004. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/artcultura/article/view/1367. Acesso em: 25 mar. 2021.

PARANHOS, Adalberto. O roubo da fala: origens da ideologia do trabalhismo no Brasil. 2. ed. São Paulo: Boitempo, 2007.

PARANHOS, Adalberto. Os desafinados: sambas e bambas no “Estado Novo”. São Paulo: Intermeios: CNPq: Fapemig, 2015.

PERROT, Michele. Maneiras de caçar. Projeto História, São Paulo, n. 17, p. 55-61, 1998.

REBELO, Marques. A mudança. 3. ed., Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. (2. tomo de O espelho partido).

RECENSEAMENTO. Intérprete: Carmen Miranda. Compositor: Assis Valente. [S. l.]: Odeon, 1940. 78 rpm.

SAMBEI 24 HORAS. Intérprete: Aracy de Almeida. Compositores: Wilson Batista e Haroldo Lobo. [S. l.]: Odeon, 1944. 78 rpm.

SANDRONI, Carlos. Feitiço decente: transformações do samba no Rio de Janeiro (1917-1933). Rio de Janeiro: Jorge Zahar: Editora UFRJ, 2001.

SMALL, Christopher. El musicar: un ritual en el espacio social. Trans: Revista Transcultural de Música, S. l., n. 4, 1999. Disponível em: https://www.sibetrans.com/trans/articulo/252/el-musicar-un-ritual-en-el-espacio-social. Acesso em: 30 mar. 2021.

THOMPSON, E. P. As peculiaridades dos ingleses e outros artigos. Campinas: Editora da Unicamp, 2001.

THOMPSON, E. P. Introdução: costume e cultura. In: THOMPSON, E. P. Costumes em comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 13-24.

THOMPSON, E. P. Patrícios e plebeus. Costumes em comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 25-85.

VASCONCELLOS, Gilberto; SUZUKI JR., Matinas. A malandragem e a formação da música popular brasileira. In: FAUSTO, Boris (dir.). História geral da civilização brasileira – III – O Brasil republicano (Economia e cultura: 1930-1964). 3. ed. São Paulo: Difel, 1984. p. 501-523.

VIDA APERTADA. Intérprete: Ciro Monteiro. Compositor: Ciro de Souza. [S. l.]: Victor, 1940. 78 rpm.

VOCÊ NÃO TEM PALAVRA. Intérprete: Newton Teixeira. Compositores: Newton Teixeira e Ataulfo Alves. [S. l.]: Odeon, 1940. 78 rpm.

WILLIAMS, Raymond. Cultura e sociedade: 1780-1950. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1969.

ZUMTHOR, Paul. A letra e a voz: a “literatura” medieval. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

Creative Commons License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Adalberto Paranhos

Downloads

Download data is not yet available.