Resumo
Partindo de entrevistas com artistas e analisando a importância da cena musical paulistana dos anos 2010, enquanto proeminente polo criativo na música brasileira atual, o artigo discute algumas das principais reconfigurações que se operam – a partir do contexto digital recente – nos lugares ocupados pelos artistas e pelas cenas “independentes” na cadeia de produção e consumo musical. Serão analisados ainda, especialmente, os papéis simultâneos assumidos por estes artistas no cenário tecnológico e econômico emergente, enquanto “criadores” de sua obra e como “gestores” e “comunicadores” de suas carreiras. Aqui se sublinhará tanto os novos potenciais produtivos e estéticos descortinados em meio a estas mudanças, como também tensões entre estas atribuições e funções concomitantes, que não conviviam de modo tão imbricado em décadas anteriores.
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