Abstract
A prática de exercício físico pode causar lesões e danificar estruturas celulares, com isso, inicia-se o processo de autofagia a fim de degradar os elementos danificados. Parkin é responsável por remover as mitocôndrias danificadas (mitofagia) e assim prevenir a atrofia do músculo esquelético. Alguns estudos indicam que a autofagia/mitofagia tem um papel importante na adaptação do músculo esquelético ao exercício de resistência. Sendo assim, torna-se de extrema importância estudar a relação entre o processo de degradação mitocondrial e a regeneração muscular em resposta ao exercício físico de curto prazo. Com isso, o objetivo do estudo foi investigar se a capacidade de regeneração muscular é potencializada devido ao treinamento físico, assim como verificar a participação de Parkin neste processo. Nossos resultados indicam que apesar dos animais treinados apresentarem menor área de lesão após 3 dias, não há diferença aos 10 dias de lesão. Com 10 dias de lesão, os animais treinados apresentaram maior número de fibras de menor calibre. Além disso, os animais treinados com 3 dias de lesão tiveram um acúmulo de Pax-7, podendo indicar um maior número de células satélites quiescentes ao invés de células em proliferação. Sendo assim, o treinamento físico prévio à lesão pode estar atrasando o processo regenerativo do músculo esquelético. No entanto, é necessária uma análise a longo prazo a fim de confirmar esses resultados.
References
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