Resumo
Este texto aborda um estudo de caso do Circuito Universitário da Bienal de Curitiba (CUBIC), uma rede de arte universitária vinculada à Bienal, nas suas quatro primeiras edições entre 2013 e 2019, a partir de uma arqueologia e uma analogia crítica. Apresenta-se a história do circuito, os procedimentos e estratégias que o levaram a ser um dos eventos recentes mais importantes para a arte contemporânea na cidade e na região sul do Brasil, ganhando vulto e relevância próprios diante do evento hospedeiro maior e conectando países do eixo Mercosul. A metodologia da pesquisa aponta a utilização das teorias de Didi-Huberman no estudo das lacunas como método arqueológico e de transposição conceitual para o estudo do CUBIC como uma rede heterotópica de arte institucional. E por último é feita uma relação entre o CUBIC e as JAC´S de Walter Zanini (1967-1974), apontando o modelo de arte em rede em contextos universitários como uma importante forma de resistência para momentos de crise cultural e repressão da extrema direita no país.
Referências
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