Resumo
As estruturas mundiais do poder capitalista têm como um de seus elementos fundamentais a colonialidade, que mantem-se através de uma classificação racial imposta a população e age em todos os níveis da realidade social (QUIJANO, 2009). De acordo com o conceito de colonialidade do poder do sociólogo peruano Aníbal Quijano (1999), na medida em que fixa-se no imaginário a ideia de que há uma grande diferença entre o colonizado e o colonizador, com distintas raças, culturas e identidades, o colonizado torna-se o “outro” da razão, àquele que deve ser disciplinado e controlado pelo colonizador. Assim, duas categorias estabelecem-se em oposição e excluem-se mutuamente, de um lado o colonizador “bom”, civilizado e racional e, do outro, o colonizado bárbaro, irracional e mal. Então, colonizado e colonizador passam a ter códigos distinguidores e na política que o colonizador exerce é “necessário” e “justo” que haja um processo de ocidentalização desse colonizado, pois só assim ele pode se tornar “civilizado” (QUIJANO, 1999).
Referências
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