Resumo
Como acontece com todo governo totalitário, a produção de imagens deve estar a serviço da ideologia do governo, reforçando os valores desejados e legitimando as práticas vigentes. Neste processo de produção de um universo imagético, as representações do líder do governo são de suma importância: para além dos propósitos de propaganda, a imagem do ditador deve penetrar o cotidiano dos indivíduos, no micro e no macro espaço. Sua presença é aquela do Big Brother orweliano: capaz de conciliar os papeis de pai e de carrasco, de conselheiro e de delator, de verdugo e de salvador, a imagem do líder, quanto mais papeis abarcar, mais forte será seu efeito em todas as camadas da sociedade e das consciências.
Referências
ENCONTRO DA HISTÓRIA DA ARTE, v. 13, 2018. In: Arte em confronto: embates no campo da história da arte. Campinas: Unicamp, 2018.
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Copyright (c) 2018 Vanessa Beatriz Bortulucce