Resumo
Existe um conjunto de trabalhos de Antonio Dias (1944 - 2018), produzido entre cerca de 1963 e 1966, que ocupa um lugar central na sua trajetória. Dias começou a produzir muito cedo, já no final da década de 1950, quando frequentou, como aluno especial, a Escola Nacional de Belas Artes (onde teve aulas com o gravurista Oswaldo Goeldi, do qual foi assistente) e os cursos ministrados por Ivan Serpa e Aluísio Carvão, na escola de artes do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro / MAM-RJ. É verdade que esses trabalhos inaugurais são ainda incipientes, tateantes e pouco representativos de aspectos que viriam a se revelar como centrais em sua obra. Mas logo nos primeiros anos da década seguinte, surgiu uma produção que demonstrava fôlego para responder às questões colocadas para os artistas naquele momento, e na qual já se encontravam formuladas, com maior contundência, algumas das reflexões que, mais tarde, seriam tomadas como pontos centrais de toda a sua obra.
Referências
CAMPOS, Augusto de. Balanço da Bossa e outras bossas. São Paulo: Perspectiva, 2015.
DIAS, Antonio. "O lugar que vejo: entrevista com Antonio Dias". Em Revista Arte&Ensaios, Rio de Janeiro, n. 9, pp. 7-15. 2002.
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XAVIER, Ismail. Alegorias do subdesenvolvimento: Cinema Novo, Tropicalismo, Cinema Marginal. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
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