Maria Pardos
PDF

Palavras-chave

Maria Pardos
Exposições Gerais de Belas Artes
Miséria

Como Citar

FASOLATO, Valéria Mendes. Maria Pardos: “Sem Pão” e a despolitização da miséria. Encontro de História da Arte, Campinas, SP, n. 9, p. 404–412, 2013. DOI: 10.20396/eha.9.2013.4471. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/eventos/index.php/eha/article/view/4471. Acesso em: 22 jul. 2024.

Resumo

Maria Pardos (1866? - 1928) pertence ao grupo de mulheres que, no início do séc. XX, exibiram suas obras nas EGBA, desejosas de serem reconhecidas pelos pares, das quais pouco se conhece. De origem espanhola, em 1891 se fixou no Brasil, destacando-se como discípula de Rodolpho Amoedo, ao lado de Regina Veiga. Participou das EGBA por seis vezes consecutivas, entre os anos de 1913 e 1918, recebendo quatro prêmios (Menção honrosa de primeiro grau – 1913; Medalha de Bronze – 1914; Pequena Medalha de Prata – 1915 e prêmio em dinheiro de 500$000 – 1918). A análise desta obra abre possibilidade de discussão em uma questão pouco estudada que perpassa a invisibilidade das mulheres artistas. Está relacionada às estratégias usadas pelos artistas para atrair sentimentalmente a atenção do júri e do espectador. Qual seria o critério de escolha de suas obras para levar aos salões anuais das Exposições Gerais de Belas Artes (EGBA)? Estavam interessados em construir alguma imagem da sociedade brasileira?

https://doi.org/10.20396/eha.9.2013.4471
PDF

Referências

BLUMENFELD, Carole. et al. Petits théâtre de l’intime: la peinture de genre française entre Révolution et Restauration. Toulouse: Musée des Augustins, 2011-12, p. 62-64.

CHRISTO, Maraliz de Castro Vieira. A participação de Maria Pardos nas Exposições Gerais de Belas Artes (1913-1918). In: LUCAS, Meize Regina de Lucena e MEDEIROS, Aline da Silva (Org.). Cultura e imaginário. Fortaleza: Núcleo de Documentação Cultural da UFC/Edições Instituto Frei Tito de Alencar, 2011, p. 293-304.

CHRISTO, Maraliz de Castro Vieira. Cenas familiares na pintura de Maria Pardos na década de 1910. In: MALTA, Marize; PEREIRA, Sônia Gomes; CAVALCANTI, Ana (Org.). Novas perspectivas para o estudo da arte no Brasil de entresséculos (XIX/XX): 195 anos de Escola de Belas Artes. Rio de Janeiro, EBA/UFRJ, 2012, p. 181-189.

CARDOSO, Rafael. Intimidade e reflexão: repensando a década de 1890. In.: CAVALCANTI, Ana; DAZZI,

Camila; VALLE, Arthur (Org.). Oitocentos – Arte Brasileira do Império à Primeira República. Rio de Janeiro: EBA-UFRJ/Dezenovevinte, 2008, p.470-476.

COLLET, Isabelle (Dir.). Fernand Pelez: la parade des humbles. Paris: Éditions des Musées de la Ville de Paris, 2009, p. 28-167.

COLI. O corpo da liberdade: reflexões sobre pintura do século XIX. São Paulo: Cosac Naify, 2010, p.285-294.

COSTA, Laura Malosetti. Los primeros modernos. Arte y sociedad en Buenos Aires a fines del siglo XIX. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2001, p. 287-325.

Fontes Primárias

Jornais Periódicos

GARCIA, Mariano. Coluna Operária: A crise de trabalho e a miséria. O Paiz, Rio de Janeiro, 5 de nov. de 1913, p. 7.

O Malho, Rio de Janeiro. Ano XV, nº 737, 28 out. 1916.

O Paiz, Rio de Janeiro, Ano XXIX, nº 10661 p. 5, 15 dez. 1913, p. 5.

O Paiz, Rio de Janeiro, 02 ago. 1914.

O Pharol, Museu Mariano Procópio: Inauguração da Galeria de Belas Artes. Juiz de Fora, n. 5, ano LVII, publicação matutina, 14 maio de 1922, p. 1.

Documentação pertencente à Escola Nacional de Belas-Artes (Museu Dom João VI - UFRJ) Ata da Sessão do Conselho Superior de Belas Artes, 27 de agosto de 1914: pasta [6160]. Disponível em: http://goo.gl/Fq99e.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2013 Valéria Mendes Fasolato

Downloads

Não há dados estatísticos.