Resumo
Ao longo do Renascimento, a cultura e as artes converteram-se em genuínas ideologias do poder político . O ambiente da corte se consolida como o locus dos novos padrões de comportamento baseados em pressupostos de civilidade (Cf. ELIAS, 2 Vol. 1994). A representação artística ocupava lugar de destaque, firmando-se entre as mais altas esferas de decisão do poder político nos principais Estados europeus, que a buscavam para fortalecer e legitimar a concentração de poderes. A representação visual precisava traduzir a
magnificência, a glória e o poder do governante, correspondendo a uma série de funções – representativas, comemorativas e, inclusive, de propaganda e/ou persuasão – políticas à medida que consolidavam sua soberania. Dessa forma, era necessário o desenvolvimento de representações artísticas oficiais, regulamentando também as atividades dos artistas.
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