O plágio como dispositivo de nacionalidade e de atribuição estética na literatura brasileira do século XIX
PDF

Palavras-chave

Plágio
Nacionalidade
Literatura brasileira
Estética

Como Citar

BASTARDIS, Jean. O plágio como dispositivo de nacionalidade e de atribuição estética na literatura brasileira do século XIX. Encontro de História da Arte, Campinas, SP, n. 9, p. 141–146, 2013. DOI: 10.20396/eha.9.2013.4435. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/eventos/index.php/eha/article/view/4435. Acesso em: 22 jul. 2024.

Resumo

A atribuição de autoria configura na História da arte uma ação relacionada à constituição de movimentos, escolas e à identificação de estilos e artistas. O questionamento sobre a autoria de obras de arte é constante e muitas vezes indefinido mesmo em casos que tratem de grandes nomes como Rembrandt ou Vermeer. A reflexão sobre esses movimentos de identificação e classificação demonstram como o campo artístico constrói seus esquemas de funcionamento com base nas aproximações de nomes e nas atribuições estéticas voltadas às obras de arte em geral. Na literatura, o movimento não nos parece muito diverso, uma vez que o cenário literário reserva grande poder às atribuições de valor estético dispensadas aos textos. Além da qualidade discursiva, inventiva e expositiva dos escritos, esse artigo procura analisar o potencial crítico estético mobilizado nos cruzamentos entre a identificação de autoria dos textos e a questão nacional durante o século XIX. Nesse cruzamento a ocorrência de acusações de plágios pátrios pode ser identificada em críticas literárias do período analisado. É sobre esse desvio que se trata a pesquisa apresentada aqui.

https://doi.org/10.20396/eha.9.2013.4435
PDF

Referências

Azevedo, Luciene. Pirataria Literária tem valor? Abehache, ano 1, n. 1, segundo semestre de 2011.

Bennett, Andrew. The Author. London and New York: Routledge, 2005.

Clifford, James. “Colecionando arte e cultura”. Revista do Patrimônio, no. 23, 1994, pp. 69-89.

Diniz, Debora; Munhoz, Ana Terra Mejia. Cópia e pastiche: plágio na comunicação científica. Argumentum (UFES), Vitória, v. 3, p. 11-28, jan./jun. 2011. Disponível em: http://periodicos.ufes.br/argumentum/ article/view/1430/1161. Acesso em: 07 mar. 2012.

Drucaroff, E. Qué supone defender un plagio. [200?]. Disponível em: http://www.nacionapache.com.ar/archives/1555. Acesso em: 02 set. 2012.

Jouhaud, Christian. Histoire e histoire littéraire: naissance de l’écrivain (Note critique). Annales, Économies, Societés, Civilisations. 43º Anée, n. 4. Juillet-août, 1988.

Lucas, André. “Le droit d’auteur el’interdit”. Critique, août-septembre, 2002.

Perromat Augustin, Kevin. Avatares del crimen hiperliterario. In: Hommage a Milagros Ezquerro. Théorie et fiction. (edición: Michèle Ramond, Eduardo Ramos-Izquierdo, Julien Roger). Paris/México: Rilma2, ADEHL, 2009.

Pouillet. Apud Lucas, André. Le droit d’auteur e l’interdit. Critique, août-septembre, 2002, vol. 58, n. 663-664.

Randall, Marylin. Pragmatic Plagiarism: authorship, profit and power. Toronto: Toronto Univ. Press, 2001. p. 58.

Silva, Joaquim Norberto de Sousa e. História da Literatura Brasileira. Roberto Acízelo de Souza (Org.). Rio de Janeiro: Zé Mario Editor, 2002.

Viala, Alain. Naissance de l’écrivain. Paris: Minuit, 1985.

Woodmansee, Martha; Jaszi, Peter. The Construction of Authorship: Textual Appropriation in Law in Literature. Durham and London: Duke University Press, 1994.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2013 Jean Bastardis

Downloads

Não há dados estatísticos.