Metamorfoses aquáticas
PDF

Palavras-chave

Mundo atlântico
Sereia
Europa medieval
África
Brasil

Como Citar

ANDRADE, Francisco Dias de; TOLEDO, Gabriela Paiva de. Metamorfoses aquáticas: a sereia como imagem híbrida no atlântico global. Encontro de História da Arte, Campinas, SP, n. 13, p. 393–401, 2018. DOI: 10.20396/eha.13.2018.4404. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/eventos/index.php/eha/article/view/4404. Acesso em: 2 maio. 2024.

Resumo

A circulação da imagem da sereia no mundo atlântico nos permite analisar de que forma imagens cruzaram fronteiras culturais, adquirindo novos sentidos, desde o início do processo de globalização, que em seus primórdios assumiu a forma do mercantilismo ibérico. A sereia é uma imagem híbrida em sua essência: sua forma, metade peixe e metade mulher, permite-lhe habitar dois universos opostos; enquanto signo, ela se constitui como um espaço cognitivo de convergência cultural, no qual é possível tatear disputas, negociação e sobreposição de sentidos.3 Não é de se estranhar que a sereia possa ser encontrada com maior incidência em contextos de contato, que pressupõem relações de dominação e resistência, entre europeus e africanos, europeus, africanos e nativos da América, africanos, europeus e indianos. Por motivo de síntese, essa comunicação abordará sua incidência nos fluxos entre África, Europa e Brasil.

https://doi.org/10.20396/eha.13.2018.4404
PDF

Referências

BRENNER, Anita. Idols Behind the Altars: Modern Mexican Art and its Cultural Roots. New York: Dover, 2012.

COSTA, Joaquim L. “Luxúria e iconografia na escultura românica portuguesa”. In: Medievalista online, nº 17, jan-jun 2015.

DEAN, Carolyn; LEIBSOHN, Dana. “Hybridity and Its Discontents: Considering Visual Culture in Colonial Spanish America”, Colonial Latin American Review, 12: 1, 5 — 35, 2003.

DREWAL, Henry. “Local Transformations, Global Inspirations: The Visual Histories and Cultures. Münster: LIT Verlag and Tempe: Bilingual P, 2008. of Mami Wata Arts in Africa”. In: A Companion to Modern African Art (Ed. Gitti Salami e Monica Blackmun Visonà). UK: Wiley Blackell, 2013.

FROMONT, Cécile. The Art of Conversion. Christian visual culture in the Kingdom of Kongo. Chapell Hill: Omohundro Institute of Early American History and Culture, Williamsburg, Virginia by University of North Carolina Press, 2014.

GAIGNEBET, Claude. Art profane et religion populaire au Moyen Age. Paris: Université de France, 1985.

GISBERT, Teresa. Iconografía y mitos indígenas em el arte. La Paz: Gisbert y Cia, 1980.

GUIDO, Angel. Redescubrimiento de América em el arte. Buenos Aires: Ed. Ateneo, 1944.

LE GOFF, Jacques. “Melusina maternal e arroteadora”. In: Para um novo conceito de Idade Média. Lisboa: Estampa, 1980.

MAGALHÃES, Basílio de. O folclore no Brasil. Rio de Janeiro: Edições O Cruzeiro, 1960.

OGUMEFU, M. I. Yorubá Legends. Lexington: Forgotten Books, 2011.

RAAB, Josef; BUTLER, Martin (eds.). “Introduction: Cultural Hybridity in the Americas” In Hybrid Americas: Contacts, Contrasts, and Confluences in New World Literatures and Cultures. Münster: LIT Verlag and Tempe: Bilingual P, 2008.

SLENES, Robert. “The Great Porpoise-Skull Strike: Central African Water Spirits and Slave Identity in Nineteenth Century Rio de Janeiro” In HEYWOOD, Linda (Org.) Central Africans and Cultural Transformations in the American Diaspora. Cambridge: Cambridge University Press, 2002, pp. 183-208.

SHAW, Rosalind. Memories of slave trade: ritual and historical imagination in Sierra Leone. Chicago: University of Chicago, 2002.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2018 Francisco Dias de Andrade, Gabriela Paiva de Toledo

Downloads

Não há dados estatísticos.