Resumo
Em 1995, Rosângela Rennó descobre sobre a existência de um enorme arquivo fotográfico abandonado nos porões da Academia Penitenciária do Estado (ACADEPEN), parte do Complexo Penitenciário do Carandiru. Apenas em 1996 a artista consegue autorização para limpar, restaurar, catalogar e posteriormente utilizar o material do arquivo; a resistência da Administração penitenciária para autorizar a realização de um trabalho da artista provavelmente era derivada da preocupação com a imagem do complexo na mídia, devido à proximidade com o violento massacre ocorrido em 1992.
Referências
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