O realismo socialista no clube de gravura de Porto Alegre
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Palavras-chave

Gravura
Realismo socialista
Carlos Scliar

Como Citar

MOTTER, Talitha Bueno. O realismo socialista no clube de gravura de Porto Alegre: intersecções e disjunções. Encontro de História da Arte, Campinas, SP, n. 10, p. 476–484, 2014. DOI: 10.20396/eha.10.2014.4193. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/eventos/index.php/eha/article/view/4193. Acesso em: 3 jul. 2024.

Resumo

O Clube de Gravura de Porto Alegre (CGPA), fundado em finais de 1950 por Carlos Scliar e Vasco Prado, tinha entre seus propósitos: congregar artistas e interessá-los na arte da gravura; criar um público capaz de adquirir obras a preços acessíveis e unir o conteúdo nacional a uma forma realista de elevada qualidade artística. A referência do realismo socialista (RS) parece ser significativa na determinação desses propósitos, sendo citada por diversos autores. No entanto, essa aproximação deve ser feita com cautela, de modo a não se entender aí uma equivalência. A análise, que aqui se apresenta como inicial, se centrará na produção de Scliar, principal porta-voz dos ideais do Clube e um dos integrantes que mais realizou gravuras naquele momento.

https://doi.org/10.20396/eha.10.2014.4193
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