Resumo
A figura humana foi submetida a diferentes regimes de representação ao longo da história do cinema. A mudança do período silencioso para o sonorizado demarca claramente dois deles: a passagem do corpo histriônico, potente e ginasta presente nos filmes de Buster Keaton, Charlie Chaplin e outros realizadores para uma figura humana cada vez mais moderada. A voz e a palavra se tornam meios privilegiados para a comunicação dos sentimentos e da vontade dos personagens, relegando ao segundo plano o então exagero da disposição gestual e das expressões fisionômicas típico dos filmes silenciosos.
Referências
BARTHES, Roland. O império dos signos. Tradução: Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2007
BERGALA, Alain. O homem que se levanta. In: NAGIB, Lúcia; PARENTE, André. Ozu: o extraordinário cineasta do cotidiano. São Paulo: Cinemateca Brasileira, 1990.
BORDWELL, David. Ozu and the poetics of cinema. New Jersey: Princeton University Press, 1988.
NACACHE, Jacqueline. O ator de cinema. Lisboa: Texto e grafia, 2012.
SANTOS, Antonio. Yasujiro Ozu: Elogio del silencio. Madrid: Ediciones Cátedra, 2005.
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